Programa das ciclofaixas de lazer de São Paulo está suspenso por falta de parceiros

Na avenida Paulista, a surpresa foi a mesma. “Eu achei que não tinha a ciclofaixa por conta da chuva ou da gravação do filme do Keanu Reeves. Como assim? Acabou?”, perguntou o motorista Elias Ferreira, 30 anos. “Na Paulista fechada o impacto é menor, mas se você pensar em outros lugares e avenidas, a ciclofaixa era importante para manter a segurança do ciclista. Agora, o número de acidentes pode aumentar”, argumentou o professor Luiz Otávio Pereira, 27 anos.

Depois de 10 anos, o programa que reservava, aos domingos e feriados, faixas de ruas e avenidas da cidade para o trânsito de bicicletas chegou ao fim. A Bradesco Seguros, que patrocinava a operação, encerrou o contrato com a Prefeitura. Em nota, a Bradescos Seguros afirmou que “entende que seu ciclo como patrocinador da CicloFaixa de Lazer de São Paulo está completo”.

Mapa das ciclofaixas de lazer de São Paulo. Imagem: Vá de Bike.

Em nota, a Prefeitura afirmou que “por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes busca empresa para operar a ciclofaixa de lazer aos domingos na cidade”. Ainda segundo a Prefeitura, “a patrocinadora que operava a ciclofaixa encerrou sua operação, a pedido, no último dia 25 de agosto. No dia 26 de agosto, a Secretaria de Mobilidade e Transportes abriu processo para contratação emergencial do serviço. No entanto, as propostas apresentadas não atendem aos requisitos legais e não garantem a segurança dos ciclistas”. Em razão disso, “a ciclofaixa de lazer terá sua operação temporariamente suspensa até que seja possível contratar nova empresa que ofereça o serviço com segurança à população”.

Há 10 dias, o próprio Prefeito Bruno Covas havia dito que se são não houvessem interessados a Prefeitura iria manter a operação das ciclofaixas aos domingos. Segundo a assessoria da Prefeitura, o município assumirá a operação no caso de não aparecer nenhuma empresa interessada.

De acordo com a Prefeitura, as propostas apresentadas até o momento não atendem aos requisitos legais e não garantem a segurança dos ciclistas. Foto: Caio Lobo.

As ciclofaixas de lazer funcionavam aos domingos, das 7h às 16h, bem como em feriados nacionais. As ciclofaixas contavam com funcionários para sinalizar e orientar ciclistas, empréstimo de bicicletas e até serviços de mecânico. ” Era um serviço que a população já contava. Eu mesmo, às vezes, chegava na Paulista sem bike e acabava retirando uma por empréstimo só para dar uma volta. Espero que retomem logo”, disse o administrador de empresas Wellington de Souza Mattos, 28 anos.

Na cidade, são 473 quilômetros de ciclovias permanentes, mas, desde julho, a Prefeitura está na fase final de um novo plano cicloviário – que prevê a construção de novos 173 km e a requalificação de outros 310 km até o próximo ano.

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Fonte: Estadão Conteúdo.

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