Com o objetivo de “melhorar a vida na cidade para todos”, a Replica usa uma ferramenta digital que identifica padrões coletivos do uso de vias, praças e outros espaços. Até agora sua tecnologia já foi usada em quatro cidades americanas: Kansas City, Chicago, Sacramento e Portland — além de ter servido ao desenvolvimento do plano de urbanização de uma área de Toronto, no Canadá, que em parceria com o Google quer abrigar sua primeira smart city.
Com independência e financiamento, a Replica espera aumentar o rol de clientes — uma missão mais difícil do que parece. Para realizar suas análises a Replica combina pesquisas públicas com os chamados “dados de localização não identificados”, ou seja, informações sobre localização de indivíduos que vêm de uma variedade de fontes, como aplicativos para celular. A prática não agrada a todos e faz parte do público questionar a isenção da empresa, a origem dos dados e as garantias de anonimato.
A companhia, por sua vez, afirma que deleta todas as informações que podem gerar identificação dos indivíduos e garante que seu interesse é no movimento coletivo pela cidade e não no deslocamento de uma pessoa especificamente. Neste sentido, para alguns analistas, o afastamento da empresa de uma gigante da tecnologia como o Google, pode até trazer benefícios para a sua imagem.
De qualquer forma, a Replica não é o primeiro produto a sair do Sidewalk Labs. O “Coord”, plataforma especializada em coletar dados na calçada, e o Cityblock, que busca ajudar pessoas de baixa renda a acessar cuidados de saúde nos EUA, também começam a trilhar seus próprios caminhos. Além disso, a Sidewalk Labs já investiu em várias startups independentes, entre elas a Umbrella, um mercado comunitário para pessoas idosas e a Ori, que cria móveis robóticos para pequenos espaços urbanos.
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Fonte: Época Negócios.