O edifício foi inaugurado em 1924, e é um marco na arquitetura e na vida de São Paulo, com 12 andares e 50 metros de altura, já foi dono do título de aranha céu mais alto da cidade, isso é claro, antes da entrega do edifício Martinelli.
Depois de sete anos em processo de restauração, com interrupção das obras e sucessivos atrasos, o Sampaio Moreira foi reaberto na última terça (11). Localizado na Avenida Líbero Badaró, no centro, o charmoso prédio passa agora a abrigar a Secretaria Municipal de Cultura.
Antes, a pasta ocupava salas da Galeria Olido, na Avenida São João. “É simbólica essa mudança justamente em um momento que feliz ou infelizmente está se discutindo a preservação do patrimônio histórico”, afirma o secretário da Cultura, André Sturm.
O local tombado foi desapropriado pela prefeitura em 2010 pelo valor de 5,1 milhões de reais (8,1 milhões de reais em valores corrigidos). Esse plano de renovação foi orçado em 28,9 milhões de reais. O restauro acabou divido em duas partes. A segunda etapa deve ser entregue em maio do ano que vem.
De viés comercial, o Sampaio Moreira foi inaugurado em 1924. Na ocasião, tornou-se a atração da cidade: com seus doze andares e 50 metros de altura, virou o primeiro arranha-céu da capital. O título de edifício mais alto foi logo superado em 1929, quando entrou em cena o Martinelli e seus 130 metros de altura, bem próximo dali.
Originalmente, o Sampaio Moreira teria andares comerciais e andares residenciais, na realidade, o comércio sempre tomou conta do edifício todo, tendo um representante que segue exatamente no mesmo local, fundada em 1888 na Praça da Sé, desde 1924, a Mercearia Godinho é que ocupa o pavimento térreo do edificio.
A construção de concreto armado de estilo eclético, com referências ao neoclássico e à art nouveau, consistiu em um investimento do banqueiro José Sampaio Moreira, que presenteou cada um de seus seis filhos com dois andares do endereço.
O projeto audacioso é do arquiteto Christiano Stocker. O profissional tem no currículo o desenho da Estação da Luz, a fundação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a mais antiga da cidade, e o título de prefeito da cidade entre os anos de 1947 e 1951.
Nos anos 2000, o imóvel ainda pertencia à família com seus mais de 100 membros, mas a manutenção deixava a desejar. Vigas de sustentação apareciam e janelas e portas estavam quebradas, o que ocasionava invasão de água da chuva no local. Poucas salas se viam alugadas e quase ninguém bancava o valor do condomínio.
Após a prefeitura assumir o endereço, as reformas começaram em 2012 com previsão de entrega no ano seguinte, prazo que não foi cumprido.
A partir do mês que vem, em visitas agendadas, o público poderá conhecer o quinto andar do ponto, que teve suas características originais todas mantidas.
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Fonte: Prefeitura de São Paulo.