Alain Delon, Luchino Visconti e Claudia Cardinale no set de O Leopardo, 1963.
Destes, 12 serão projetados a partir de cópias em 35mm – coletadas diretamente na Cineteca Nazionale de Roma – e 5 desde cópias digitais.
O Leopardo, de 1963, que arrebatou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, é um dos destaques da programação, além do seu clássico Morte em Veneza, que trata do romance entre um jovem e um compositor. Bellissima, Terra Treme e Rocco e Seus Irmãos (1960), também fazem parte da mostra, que enfoca a produção do italiano entre as décadas de 1940 e 1970.
Björn Andrésen e Luchino Visconti no set de Morte a Venezia, 1971.
O italiano Luchino Visconti é um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Iniciou sua carreira com Jean Renoir, de quem foi assistente antes de dirigir seu primeiro longa, Obsessão, iniciando um processo que o acompanharia por muitos filmes: a censura, a dificuldade de exibição dos títulos, pela exploração de uma miríade de temáticas “escandalosas” para a sociedade italiana como a violência, a homossexualidade (ainda que sugerida), o enfrentamento aos governos fascistas e democratas cristãos italianos.
Luchino Visconti e Helmut Berger no set de Ludwig, 1972.
Nobre de nascimento, Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo (Milão, 2 de novembro de 1906 — Roma, 17 de março de 1976) foi um dos poucos cineastas do século 20 que conseguiu erguer o cinema dos níveis do entretenimento à grande arte. Universalmente reconhecido, sempre foi um homem de talentos múltiplos, renascentistas, que iam do domínio da música clássica até um detalhado e erudito conhecimento da história da literatura e dos costumes. Sem omitir-se a sua capacidade de conduzir, como um verdadeiro maestro, grande atores e atrizes e o controle cênico que sempre demonstrou ter, em mais de 40 anos de atividade artística.
Sua carreira de diretor deu-se nos começos dos anos quarenta, quando alinhou-se entre os precursores do neorealismo italiano (que teve também como expoentes, Vittorio de Sica e Roberto Rossellini), encerrando sua trajetória, em 1976 mesmo, como o principal cronista da decadência do patriciado europeu. Visconti iniciou e deu sustentação às carreiras de artistas fundamentais como Alain Delon, Claudia Cardinale e Silvana Mangano.
Serviço
Mostra: Retrospectiva Luchino Visconti
Data: De 1 a 14 de Março de 2018.
CineSesc (Rua Augusta, 2075) – São Paulo – SP.
Ingressos: R$ 12 (inteira); R$ 6 (+60 anos, estudante e professor da rede pública de ensino); R$ 3.5 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc).
Confira a programação no site do CineSesc.
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Da Redação.