Segurança no trânsito: causas e consequências

O foco de segurança no trânsito, (‘road safety’), muitas vezes se perde numa luta sem fim, ou frustante, pois a preocupação maior fica mais nas consequências do que nas causas.
 
Muito se faz para amenizar a dor das pessoas que perderam parentes e amigos em acidentes de trânsito, muito se faz para conscientizar sobre o uso seguro de veículos motorizados, carros e motos. Mas faz falta saber o porque das pessoas utilizarem carros e motos.
 
Cadeirinha para crianças, cinto de segurança, saber atravessar a rua, capacete, tudo parece uma tentativa de se adaptar a uma situação, mudar apenas sua triste estatística, mas não uma luta para mudar o paradigma da mobilidade.
Obviamente, muitos reconhecem que o uso obsessivo e irresponsável do carro e da moto é um problema grave. Exatamente por isso o foco precisa se voltar para questionar o uso do carro – e com isto incentivar mais pedestres e bicicletas. Ainda que hoje as preocupações e discursos girem ao redor de tornar mais “seguro” o uso de carro e motocicleta.
 
 
Gráfico: Eduardo Biavati
 

O gráfico acima mostra o número de mortos no trânsito por 100.000 habitantes no Brasil. Vê-se o impacto positivo da promulgação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1997, mas os efeitos da nova (e mais rigorosa) legislação se dissiparam ao longo dos anos.

Punições, fiscalização, multas e legislação fazem parte da solução do problema, mas é preciso entender e promover alternativas. A construção consistente de uma política de incentivos a comportamentos seguros é certamente mais eficiente do que pensar somente na punição dos que violam normas complexas.

O gráfico abaixo da Transportation Alternatives (EUA) ilustra com dados razões para a redução da velocidade em São Paulo que estão sendo propostas pela Prefeitura:

Comparativo

Gráfico: Transportation Alternatives.

 

Em um atropelamento:

A 64km/h (40mph), de dez pedestres, apenas um sobrevive;
A 48km/h (30mph), de dez pedestres, 5 sobrevivem;
A 32km/h (20mph), de dez pedestres, 9 sobrevivem.

Com informações Transporte Ativo e Página da Rachel.

 

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