‘Siamo Tutti Oriundi!’ ‘Dia do Imigrante Italiano’ no Brasil celebra quem ajudou a construir nossa história

A travessia pelo Oceano Atlântico mudou a vida daqueles passageiros e também de uma nação inteira, o Brasil. Andar por São Paulo, por exemplo, é esbarrar a todo momento na herança deixada pela imigração italiana em suas ruas, lojas, monumentos, edifícios históricos e, principalmente, restaurantes.

Das 2,5 milhões de pessoas que passaram pela antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás entre 1887 e 1978, mais de 700 mil eram provenientes da Itália, país que originou o maior movimento migratório internacional da história do Brasil. A data para homenagear o povo que escolheu o Brasil como segunda pátria foi instituída no dia 2 de junho de 2008, sob a lei de número 11.687, para celebrar a expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo.

Com a crise instalada na Itália durante meados do século 19 e 20, diversos camponeses vieram ao país latino para trabalhar nas lavouras do território brasileiro, principalmente nas regiões sudeste e sul, em busca de uma nova vida. 


A imigração

Cartaz italiano incentivando a imigração. Imagem: Reprodução.

A imigração italiana no Brasil teve duas fases. Na primeira, famílias inteiras vieram para trabalhar no campo. Em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, o café estava em franca expansão na segunda metade do século XIX e era a principal atividade econômica do Brasil.  No sul do país, os italianos se dedicaram à produção de uva e de vinho, atividades a que já estavam familiarizados. “Diferente do café, que já era um produto consolidado no Brasil, a cultura de uva no Sul do país foi introduzida pelos italianos, que trouxeram o conhecimento do cultivo e as tecnologias de sua terra natal”, explica Rita.

Em um segundo momento, no início do século XX, o interesse do governo brasileiro em trazer famílias inteiras diminuiu. Indivíduos passaram a vir, sozinhos, para suprir a demanda das fábricas paulistanas. É a segunda fase da imigração italiana no Brasil, que influenciou a maneira de pensar e de se organizar da mão de obra urbana.

Imigrantes europeus posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos Imigrantes, São Paulo, no final do século XIX. Foto: Guilherme Gaensly/Fundação Patrimônio da Energia de São Paulo/Memorial do Imigrante.

O fluxo de imigração seguiu intenso até a década de 1920, aproximadamente. Fatores diversos, como a eclosão da 1ª Guerra Mundial e o excesso de mão de obra no Brasil, diminuíram o interesse do governo em atrair imigrantes. Na Itália, o processo de saída do país também passou a ser controlado pelo governo, o que dificultou a imigração. As influências da cultura italiana e os costumes desse povo, entretanto, permaneceram como uma das marcas da sociedade brasileira.

Estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros são descendentes de italianos, o que faz do Brasil o país com maior número de descendentes italianos no mundo.

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Da Redação com informações ANSA.

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