Nas redes sociais, ela foi homenageada pelo músico Arnaldo Baptista e por Claudia Assef, coautora da biografia de Sonia, “Ondas Tropicais”, escrita junto de Alexandre de Melo e lançada em 2017. O livro leva o títuto do ônibus criado pela DJ nos anos 80 e que funcionava como uma rádio móvel, parando em pontos como a Rua Augusta e o Parque do Ibirapuera.
Sonia foi produtora musical na rádio Excelsior entre 1968 e 1978, segundo informações do site da DJ. No mesmo período, também trabalhou na Som Livre. Entre 1980 e 1998, teve um programa de “world music” na 89FM. Além disso, nos anos 90, foi uma das fundadoras da Banca do Quarto Mundo, com 22 integrantes. Em 2015, foi homeneagada na Assembleia Legislativa de São Paulo junto de Osvaldo Pereira, considerado o primeiro DJ do País.
Mesmo sendo uma figura conhecida, muito do que Sonia Abreu realizou em mais de 50 anos de atuação artística nem sempre é divulgado ou conhecido pelo grande público. Ela lançou inúmeras canções, divulgou vários artistas e antecipou tendências. Como DJ, radialista, produtora, cantora, programadora musical e muito mais, foi uma pioneira e inovadora. A maioria das pessoas ainda identifica Sonia na função de DJ.
Cansada de ficar cercada pelas paredes e saiu às ruas com uma rádio itinerante, que ela intitulou Ondas Tropicais. Ela, que sempre foi uma figura importante nos bastidores, agora era reconhecida por um público maior. Em diversos locais de São Paulo, era vista (e ouvida) com sua Kombi, sempre trazendo boa música e vibrações positivas. “Foi uma época muito legal, eu levava diversidade sonora para as pessoas. Tenho saudades daqueles tempos em que eu fazia a festa em locais como a Praça do Pôr do Sol, na capital paulista.”
Ela teve uma fadiga respiratória causada pela esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa. Estava internada desde a última sexta-feira (23), em um hospital de São Paulo. Seu corpo foi velado nesta terça-feira (27) no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, na Bela Vista, capital paulista.
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Da redação.