Tecnologia e acessibilidade: conheça os Apps que amplificam os sentidos humanos

James Thurston da G3ict, Segundo James Thurston, Vice-presidente de Estratégia Global e Desenvolvimento da G3ict, empresa mundial de tecnologias inclusivas, as startups precisam nascer inclusivas, ou seja, possuírem em seu DNA o conceito de acessibilidade, pensando na equidade de acesso das pessoas com deficiência às novas tecnologias.

Já existe um movimento engendrado no Brasil e no mundo, liderado por algumas iniciativas, que enxerga na tecnologia uma ponte para aumentar a acessibilidade das pessoas com deficiência às atividades cotidianas. Da autonomia para circular nas cidades, ao acesso à informação em diferentes plataformas, aplicativos com tecnologias assistivas estão sendo desenvolvidos com o objetivo de quebrar barreiras que impossibilitam a interação social, buscando soluções para aumentar as possibilidades das pessoas com deficiência de acessarem experiências mais plenas de vida.

A seguir, foram selecionados três aplicativos que estão amplificando os sentidos das pessoas com deficiência e mostrando na prática, como tecnologia, inovação e acessibilidade precisam caminhar juntos para gerar negócios de impacto social.

Hand Talk

O aplicativo de origem nacional do avatar do Hugo realiza a tradução de texto e voz para Libras (Língua Brasileira de Sinais) de modo online, além de oferecer extensão para os sites, tornando todas as informações digitais acessíveis para as pessoas com deficiência auditiva. A startup já acumula diversos prêmios internacionais pelo seu impacto social através da acessibilidade, o último prêmio, conquistado em 2016, foi ser reconhecida como solução mais inovadora do mundo pelo Prêmio Gifted Citizen. Puebla-MEX. A Hand Talk continua afirmando seu protagonismo nos últimos anos: em junho deste ano, anunciou a compra de seu maior concorrente no mercado de tradução automática para Libras, a ProfDeaf.

Be my eyes

Empreste seus olhos para uma pessoa com deficiência visual, essa é a ideia do aplicativo escolhido pelo Google como um dos melhores de 2018. Idealizado pelo dinamarquês Hans Jørgen Wilberg, o Be My Eyes conecta voluntários videntes (pessoas que enxergam) com pessoas com deficiência visual que necessitam de auxílio para executar uma tarefa cotidiana, como saber a cor da camisa que estão comprando em uma loja, descobrir a marca de um produto no supermercado, realizar uma compra online, entre outras atividades. A plataforma reúne mais de 900 mil voluntários, em 150 países, e utiliza chamadas com vídeo e áudio para conectar os voluntários com as pessoas com deficiência visual, que relatam um tempo estimado entre 30 e 60 segundos para suas ligações serem atendidas.

Guia de rodas

Premiado pelo World Summit Awards 2016, na categoria Inclusão e Empoderamento, o app idealizado por Bruno Mahfuz, Bianca Gualdani e João Marcos Barguil, O Guia de Rodas foi reconhecido por ser uma iniciativa local com impacto global, uma vez que o objetivo do app é servir como uma plataforma colaborativa de avaliação da acessibilidade física de locais. Os usuários respondem um questionário avaliando se o local é acessível, parcialmente acessível ou não acessível.

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Isa Meirelles é relações públicas e coach certificada pelo Instituto Brasileiro de Coaching. Atua como consultora de comunicação inclusiva e tem como propósito de vida o fim da invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade, por meio da comunicação. Isa escreve quinzenalmente no São Paulo São.

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