Os moradores da cidade passaram a separar seus resíduos em 34 tipos diferentes, que são levados a um posto de coleta pelos próprios cidadãos, em vez de serem recolhidos de maneira tradicional (apenas idosos sem carro estão isentos desta responsabilidade).
Como as casas estão localizadas em terreno montanhoso e a grandes distâncias umas das outras, a coleta com caminhões seria economicamente inviável. Além disso, há subsídios para a compra de material para compostagem, que é estimulada pela prefeitura. No próprio centro de coleta há uma feira de trocas e artesanato feito a partir daquilo que é trazido.
A taxa de reciclagem da cidade, que era de 55% em 2000, agora gira em torno de 80%, sem levar em conta a compostagem doméstica. O objetivo é reduzir a zero a quantidade de resíduos enviados a aterros sanitários ou incinerados até 2020, segundo informações da plataforma Cidades Sustentáveis.
Um contêiner armazena tampas de plástico no local de eliminação de resíduos no centro de Kamikatsu. Foto: Robert Gilhooly.
Cronograma do programa
– 2001: Começa um programa de reciclagem na cidade que divide os materiais recicláveis em 34 tipos.
– 2003: Declaração da adoção de um programa “Zero Waste” na cidade.
– 2005: Criação da “Zero Waste Academy” na cidade, como instituição de pesquisa e troca de idéias para encontrar soluções para a questão dos resíduos.
– 2006: A “Zero Waste Academy” de Kamikatsu bate a marca de 3.000 visitantes.
Morador separa material reciclável no local de eliminação de resíduos no centro de Kamikatsu. Foto: Robert Gilhooly.
Resultados
– Foi criada a “Zero Waste Academy”.
– Três outras cidades japonesas anunciaram os mesmos objetivos que Kamikatsu, tomando-a como exemplo: Minamata, Oki e Hayama. A taxa de reciclagem da cidade, que era de 55% em 2000, agora gira em torno de 80%, sem levar em conta a compostagem doméstica.
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Fonte: Redação EcoD.