De acordo a Asset Beclley, representante da empresa no país, a operação começará no 2ª semestre de 2016 e o objetivo é alcançar 10% do setor de 2 rodas nos próximos 5 anos.
Para se ter uma ideia de como os planos são ambiciosos, ter esta fatia do mercado tornaria a Piaggio a 3ª colocado em vendas de motos do Brasil, apenas atrás de Honda e Yamaha.
O objetivo da empresa italiana é estabelecer um trabalho de longo prazo no Brasil e a expectativa é que o mercado brasileiro seja um dos 4 principais negócios globais da montadora.
Atualmente, apenas poucas unidades de Vespa e Piaggio vinham ao Brasil por meio de importações pontuais e preços altos.
Piaggio MP3. Foto: Divulgação.
“Estamos trazendo ao Brasil o Grupo Piaggio, líder de mercado e precursor do segmento mundial de scooters, inaugurado com a Vespa em 1946, na Itália. É uma das únicas montadoras de moto internacionalmente relevante que ainda não estava presente no país”, disse Santo Magliacane, sócio da Asset Beclley, em comunicado.
O presidente da Piaggio no Brasil será Longino Morawski, executivo que esteve na Harley-Davidson do Brasil, entre 2010 e 2015.
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No filme de William Wyler de 1953, “A Princesa e o Plebeu“ (Roman Holiday), Gregory Peck e Audrey Hepburn viajam por Roma num curioso veículo de ruído peculiar, semelhante ao zumbido de um insecto voador. O motociclo era uma scooter mas não uma qualquer: era uma Vespa.
O conceito scooter é de origem americana e remonta aos anos da Segunda Grande Guerra. Surgiu com o fim de agilizar o movimento de tropas, fazendo-as penetrar em território inimigo, nomeadamente para acções de sabotagem. Finda a guerra, Enrico Piaggio, proprietário da fábrica com o mesmo nome, pegou na ideia e resolveu adaptá-la a outras funções. Pretendia um velocípede simples e robusto, fácil de pilotar, que pudesse transportar comodamente duas pessoas ao abrigo do vento e dos salpicos da lama.
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