Vila Mariana vai ganhar Museu Água de São Paulo; concurso vai premiar os projetos arquitetônicos

Paralelamente, por mais que possa soar contraditório, o bairro vem ganhando em preservação de memória e história, em seu cenário cultural. Como? Pela implantação de museus e espaços culturais.

O próximo deles será o Museu Água de São Paulo, uma iniciativa da Associação de Engenheiros da Sabesp (AESabesp), que vai ocupar antigas casas pertencentes à concessionária de águas e que atualmente abrigam apenas bombas que facilitam a chegada da água encanada a regiões mais altas da capital. Os imóveis datam da década de 1920 e pertenciam à antiga Repartição de Águas e Esgotos da cidade.

O Museu

Com previsão para começar a ser construído em 2020, o Museu da Água paulistano é inspirado em diversos espaços dedicados ao tema, como o Water Museums da Unesco, que tem unidades em várias cidades do mundo, o Museu da Água de Indaiatuba / SP e o Museu do Saneamento de Curitiba / PR.

“A ideia é ser um espaço interativo, com exposições permanentes e temporárias, para que as pessoas visitem e voltem a visitar depois de algum tempo. Abordará temáticas como a água na natureza, água tratada e levada às residências, água de chuva e água de esgoto, entre outros. Um espaço de experiência para o conhecimento das diversas formas da água, seus usos, sua interação com a natureza e sua importância para a sociedade, cuidar do passado com um olhar no futuro, no circuito cultural de São Paulo. Queremos aproximar a sociedade dos temas de saneamento e meio ambiente e também torná-los mais acessíveis às escolas”, explica a presidente da AESabesp, Viviana Borges.

Além de uma nova área de lazer e cultura na cidade, o Museu pretende estimular o interesse das pessoas pela história do saneamento, a criatividade e o envolvimento da sociedade para a preservação e uso racional da água. “Por meio desse espaço de convivência, podemos desenvolver a consciência sobre o valor da água e da natureza”, frisa a presidente da entidade.

Ambiente do Water Museum de Laredo, EUA. Foto: Divulgação.

O Museu ocupará uma área de aproximadamente 2.400m², pertencente à Sabesp, e contará com uma praça de integração entre o MAC/ USP e o Instituto Biológico.

Concebido sob o conceito autossustentável, terá auditórios, que poderão ser alugados, e espaços comerciais, como café e loja.

A estimativa de investimento é de R$ 17 milhões. A Sabesp deve ser uma das empresas apoiadoras, mas a AESabesp busca outros parceiros para o empreendimento.

Concurso

Viviana Borges, presidente da AESabesp, apresenta concurso para projeto arquitetônico do Museu Água de São Paulo.Foto: AESabesp/Divulgação.

Para transformar as antigas casinhas desse trecho da Rua França Pinto em Museu que retrata toda a história do saneamento e defende a preservação de nossos mananciais, vai ser lançado um concurso, nesta segunda 21 de outubro.

O edital lançado pela AESabesp define os critérios para premiar os melhores projetos arquitetônicos para o futuro Museu Água de São Paulo. De acordo com a associação, o concurso tem como objetivo buscar as melhores ideias e alternativas arquitetônicas para o restauro e ampliação do edifício da antiga Repartição de Águas e Esgotos, atualmente chamada de Centro de Reservação França Pinto, e implantação do empreendimento cultural.

Represa do antigo sistema Cantareira, uma das primeiras fontes de abastecimento da cidade, no fim do século 19. Foto: Acervo Memória Sabesp.

Os interessados em participar do edital devem apresentar projetos que contemplem o paisagismo do local, a circulação de pessoas, a iluminação, bem como todos os outros elementos construtivos que levem à implantação do Museu. As inscrições por projeto custarão R$ 300,00 e podem participar grupos de até cinco integrantes ou propostas individuais. A premiação vai oferecer mais de R$ 80.000,00 para as melhores propostas.

As inscrições estarão abertas a partir do dia 30 de outubro e os proponentes deverão comprovar seus registros no CREA ou no CAU. Os projetos serão avaliados com base em sua excelência técnica, funcional e estética, além de outros critérios como viabilidade de execução, relação custo-benefício, alternativas para atendimento de acessibilidade e o interesse público.

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Fonte: Jornal da Zona Sul. Edição: São Paulo São.

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