Você sabia que mora num dos maiores centros gastronômicos do mundo!?

As cozinhas italiana, espanhola, tailandesa, síria, indiana, árabe, francesa, chilena, peruana, paquistanesa e muitas outras, de diferentes países, estão presentes em São Paulo, tornando a Capital Paulista uma referência mundial no que se refere à Gastronomia.

Feiras gastronômicas com os conhecidos foods trucks internacionais ou com comidas típicas de diferentes regiões do País são cada vez mais comuns e atraem um público que busca qualidade e bom preço.

Pizza e pastel de feira

Pastel e caldo de cana na feira do Estádio do Pacaembu. Foto: Time Out.

São Paulo parece ter descoberto seu modo próprio de fazer pizza. São milhares de alternativas para os mais diferentes gostos e bolsos, que fizeram da cidade paulista a capital brasileira da pizza.

Outra particularidade da cidade são os pastéis de feira, oferecidos nas feiras livres que acontecem em todas as regiões, em diferentes dias da semana. Com dezenas de opções, as pastelarias de feiras inovam e oferecem aos clientes produtos de qualidade a preço justo.

Os donos desses estabelecimentos que já fazem parte do circuito são cuidadosos para fidelizar uma clientela disposta a matar a fome e viver uma experiência gastronômica prazerosa e sem sustos em relação à higiene e à qualidade.

As muitas unidades dos Sesc também são ótimas opções para quem quer comer bem gastando pouco. A recém- -inaugurada unidade da Paulista, por exemplo, oferece uma refeição completa com suco e sobremesa pelo valor de R$ 20,00. No Sesc Pinheiros, um espetinho com queijo coalho e melado de cana e uma taça de vinho saem por cerca de R$ 12,00, e, no Sesc Santana, a tigelinha de escondidinho de carne com mandioca e a salada da casa custam menos de R$ 10,00.

Capital gastronômica

São Paulo está entre as mais conceituadas capitais do mundo quando o assunto é Gastronomia. Foto: Karen Vidal / Sesc Paulista.

Monica Gutierrez Estevez Brancher, 43, chef executiva, pós-graduanda em Gastronomia e Cozinha Autoral e voluntária na Associação Aliança de Misericórdia, além de ser uma das responsáveis pelo curso profissionalizante de técnicas gastronômicas iniciado em agosto de 2018, diz que a cidade de São Paulo está entre as mais conceituadas capitais do mundo quando o assunto é Gastronomia.

“Aqui encontramos todas as novidades no setor, restaurantes e várias cozinhas internacionais com custos que cabem em diversos orçamentos familiares”, disse Monica. A chef recordou que o início da Gastronomia internacional em SP se deu na década de 1990 com a vinda de alguns chefs europeus convidados para trabalhar em grandes hotéis, o que fez com que houvesse o despertar para uma profissionalização na área e o aumento de importação de produtos gastronômicos mais sofisticados.

A era dos chefes

O chef Pasquale Mancini do restaurante do Terraço Itália, centro de São Paulo. Foto: Divulgação.

Monica explicou, também, que os chefs brasileiros começaram a aparecer, não somente pela sua capacidade profissional, mas também pela valorização dos produtos regionais brasileiros. “Em vários eventos internacionais, chefs renomados mundialmente ficavam encantados com os sabores brasileiros. Nos anos seguintes, houve o despertar da Gastronomia pelo público geral, diversos programas de TV foram criados, as escolas de culinária e os cursos de Gastronomia se espalharam por São Paulo. Com vários investidores nacionais e internacionais, a cidade acabou se tornando um polo gastronômico com reconhecimento mundial”, continuou.

A opinião sobre a ascensão dos chefs é compartilhada por Ana Lucia Del Carlo Comolatti, artista plástica e diretora social do Grupo Comolatti, que atende 90 instituições a cada ano, realizando ações de caridade. Ao Grupo Comolatti pertence o restaurante Terraço Itália, localizado na avenida Ipiranga, no centro da Capital.

“Nesses 40 anos de experiência na área, percebo que há uma grande valorização dos chefs de cozinha. O chef tornou-se altamente valorizado, sobretudo os jovens, se são inovadores e, além da técnica, têm muito amor pelo que fazem”, enfatizou Ana Lucia.

Inovação

Taca de banana orgânica: ingredientes orgânicos de proveniência agroecológica ou de pequenos produtores já aparecem em pratos de alta gastronomia. Foto: Elvis Fernandes.

São Paulo sempre segue as tendências mundiais quando o assunto é alimentação. Atualmente, o que está sendo muito valorizado são questões relacionadas à sustentabilidade, saúde e valorização dos produtores locais. No que diz respeito à sustentabilidade, as preocupações vão desde a construção mais consciente do local até a redução e descarte correto do lixo. A saúde abrange as questões de alimentos não alergênicos, alimentos fitness, vegetarianos e veganos. Por isso, existem muitos estabelecimentos sendo inaugurados com essas bandeiras. Em relação à valorização dos produtores locais, a maioria dos chefs hoje em dia não quer usar os produtos industrializados e optam pelos naturais, frescos e orgânicos. Com a valorização do produtor local, todos ganham: produtor, chef e consumidor.

Em família

Pizza marguerita da Bráz, considerada uma das melhores pizzarias de São Paulo. Foto: Leo feltran

Reunir a família para comer é, sem dúvida, um dos momentos mais alegres e marcantes para todas as idades. Seja o almoço de domingo na casa da avó, seja aquela refeição fora, a experiência marca a vida e é capaz de ficar na memória, como algo, além de gostoso, afetivo e único. Para Monica e Ana Lucia, essas lembranças fazem parte da trajetória pessoal de cada uma.

“Meus pais são espanhóis. Minha mãe veio ainda pequena e meu pai ainda jovem. Todas as pessoas que já visitaram a Espanha alguma vez já devem ter percebido como se come bem por lá, não somente nos bares e restaurantes, mas nas casas das famílias também. A família pode ser simples, mas a mesa é sempre farta e acolhedora”, explicou Monica.

A chef recorda-se das suas avós, que cozinhavam bastante. “A comida delas era mais do campo, da região central e perto de Portugal. Minha comida preferida dessa época é um cozido feito com grão de bico e carne de porco (dependendo da região é conhecido como Cozido Madrileño ou Pucchero)”, recordou Monica.

Ana Lucia Comolatti, por sua vez, lembrou-se dos lugares que ia, quando pequena, com a família. “Meu pai amava frequentar a Cantina do Piero e, aos domingos, íamos à Pizzaria Jaraguá, na Freguesia do Ó, que tinha uma pizza frita deliciosa.

Todos ao fogão

Cozinhar em família é uma experiência muito rica. Foto: ThinkStock.

É claro que, com tantas opções de restaurantes e lugares para se comer bem na Capital, nem sempre é fácil escolher. Na opinião de Monica, a forma mais barata e divertida de comer bem é cozinhar em casa e envolver a família toda no preparo da refeição.

“As famílias nas grandes cidades têm uma agenda muito ocupada e não têm mais tempo de aproveitar a convivência ao redor da mesa. Muitas vezes, cada um faz a sua refeição em horários diferentes ou na rua. Por isso, aos fins de semana, se a família puder dar um tempo na correria e conseguir fazer isso junto, verá que é uma experiência muito rica. Não só pelo fato de cozinhar em si, mas pela partilha, diálogo e tempo juntos”, pondera Monica.

Projeto mãos à obra

Talheres do Projeto Mãos à Obra. Foto: Divulgação.

Ana Beatriz Hauptmann é Diretora de Relações Institucionais e membro da Comunidade Aliança de Misericórdia. Ela explicou, como surgiu a iniciativa do projeto Mãos à Obra, que em 2018 ofereceu aulas de Gastronomia com chefs voluntários para jovens da periferia de São Paulo, na região de Taipas, na zona Noroeste da Capital.

“Após um censo que realizamos na região, percebemos que a maior deficiência era a falta de aparelhos que se ocupassem com a formação profissional dos jovens, e, por isso, demos início ao projeto Mãos à Obra, que oferece cursos profissionalizantes”, explicou Ana Beatriz.

A ideia é que os alunos comecem a produzir massas caseiras que serão vendidas, e o dinheiro contribuirá com a manutenção do centro onde aprendem a cozinhar. Ana Lucia Comolatti, coordenadora voluntária do projeto Mãos à Obra e membro do Conselho Consultivo da Credipaz, falou sobre a importância de ajudar os jovens a se qualificar para pensar em começar o próprio negócio ou se inserir no mercado de trabalho.

10 dicas do Prato Firmeza

Tapiocaria Parada Inglesa.
Rua Manuel Taveira, 100 – Parada Inglesa.
De segunda a sexta-feira, das 14h30 às 20h.

Quintal do Açaí.
Rua Abílio Primo Nalim, 165 – Jardim Maristela (Brasilândia).
Todos os dias, das 16h à 0h.

Alibabar.
Rua Dr. César, 131A – Santana.
De segunda a quinta-feira, das 10h às 20h Sexta-feira e sábado, das 10h à 0h.

OH! Glória Artesanal Burguers.
Rua das Jangadas, 72 – Paraisópolis.
De terça-feira a domingo, das 11h à 1h30 (fecha no último domingo do mês).

SS Domingues Casa de Pães.
Rua São Teodoro, 769 – Vila Carmosina.
Todos os dias, 24 horas.

Espetinho Heliópolis.
Rua Cônego Xavier, 19 – Cidade Nova Heliópolis.
De segunda a sexta-feira, das 17h às 2h.
Sábados, domingos e feriados, das 12h às 2h.

Pastel Gigante.
Avenida Cândido José Xavier, 100 – Parque Santo Antônio.
De segunda-feira a sábado, das 11h às 21h30.

Dr. Naturale.
Rua Agenor de Barros, 270 – Vila Ponte Rasa.
De segunda a quinta-feira, das 9h às 18h Sexta-feira, das 9h às 16h Domingo, das10h30 às 15h30h.

Ari do Caldo.
Rua Bernardo Fonseca Lobo, 485 – Jardim Daysy.
De segunda-feira a sábado, das 11h às 21h.

Casa da Árvore – Bar e Cultura.
Avenida Dr. Felipe Pinel, 305 – Vila Pirituba.
Quarta e quinta-feira, das 16h às 23h30 De sexta-feira a domingo, das 11h30 às 23h30.

10 dicas da Chef Mônica Brancher  

Trattoria Famiglia Mancini
Terraço Itália
Praça São Lourenço
Badebec
Adega Santiago
Piu-Piccolo
Capim Santo
Manioca
A Casa do Porco Bar
Esquina Mocotó

***
Por Nayá Fernandes em O São Paulo. Edição: São Paulo São.

 

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