Já os fiscais da CET vão dispor de um sistema que informará, por meio do número da placa, se o veículo pagou pela hora de estacionamento na rua. Para a prefeitura, além de modernizar a cobrança, o novo modelo evita, por exemplo, pagamentos acima da tabela, praticados por flanelinhas que chegam a cobrar R$ 8 pelo bilhete.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, entre os aplicativos, há dois que funcionam somente pelo sistema Android e um pelo Android e também pelo iOS (iPhone).
As plataformas foram criadas por três empresas (Sertell, Estapar e Digipare), que ficarão com 10% da receita de cada cartão eletrônico vendido. Os três aplicativos têm funcionamento parecido. Após baixálo no celular, o motorista deve fazer um cadastro no qual informará o número de celular, os números de placas de carros que usarão o serviço e o cartão de crédito como forma de pagamento.
Raio X da Zona Azul
Não haverá, por enquanto, a cobrança fracionada. Ou seja, são cobrados os mesmos R$ 5, independentemente de a vaga ser usada por dez minutos ou uma hora. Pelo menos um dos aplicativos prevê oferecer a opção de desconto de 10% para os clientes que comprarem 10 cartões eletrônicos. Todos mostrarão o histórico de compras e terão mapas indicativos das ruas. Para atuarem, as empresas terão que fazer uma compra mínima de 30 mil CADs.
Pontos de venda
Outra mudança será a instalação de pontos de vendas digitais de zona azul. Segundo a diretora financeira da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Maria Lucia Begalli, a previsão é que isso ocorra em aproximadamente 20 dias. Nesse modelo, o motorista poderá comprar créditos num estabelecimento comercial – banca de jornal, por exemplo – que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro, como é hoje. “São estratégias para acabar com o papel de vez”, disse o secretário.
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Giba Bergamin na Folha de S.Paulo.