O levantamento também aponta que 83% dos brasileiros concordam que os aplicativos de mobilidade contribuíram com a diminuição de mortes no trânsito, assim como 81% consideram que os apps deixaram o trânsito mais seguro, de forma geral. Dados do Ministério da Saúde divulgados no ano passado apontam que, após o endurecimento da Lei Seca, o número de óbitos em acidentes de trânsito caiu de 44,8 mil em 2012 para 37,3 mil em 2016, uma redução de 17%.
A mudança de comportamento em relação à bebida e direção pode ser observada, principalmente, entre os mais jovens até 24 anos, onde 75% concordaram que trocaram o volante pelo aplicativo quando vão consumir bebida alcoólica, relatou a pesquisa.
De acordo com o levantamento, a utilização dos apps de mobilidade para ir a festas, restaurantes e comemorações chega a 49% entre os residentes das regiões metropolitanas do país. E, o principal motivo (50%) para utilizarem essa opção é a segurança (medo de assaltos e acidentes envolvendo bebida e direção).
O estudo apontou ainda que 64% dos entrevistados concordam que as pessoas, no passado, combinavam bebida e direção por falta de opção de transporte e 73% dos brasileiros consideram que as pessoas deixaram de beber e dirigir por conta da chegada dos apps.
“A decisão do Supremo Tribunal Federal definindo que a competência para regulamentação e fiscalização do transporte privado individual de passageiros, os municípios e o Distrito Federal, não podem contrariar os parâmetros fixados pelo legislador federal e a Constituição Federal, foi acertada”, avaliou José Aurélio Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária. “A pesquisa destaca pontos importantes da percepção da sociedade onde 83% dos brasileiros concordam que os aplicativos de mobilidade contribuíram com a diminuição de mortes no trânsito, e que 81% consideram que os apps deixaram o trânsito mais seguro”, concluiu.
A pesquisa foi feita com 3.531 pessoas entre os dias 02 e 10 de abril de 2019 e tem margem de erro de 2%. O estudo teve abrangência nacional, incluindo capitais, cidades de outras Regiões Metropolitanas e cidades do interior, de diferentes portes, em todas as Regiões do Brasil.
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Fontes: ITMidia e Datafolha.