Estudo detecta relação entre depressão e doença do olho seco

Há uma forte associação entre a depressão e casos graves da doença do olho seco. É o que indica um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicado na revista Jama Ophthalmology. A análise verificou uma ligação entre o distúrbio afetivo de humor e casos graves da doença que causa inflamação nos olhos.

Durante um ano, os pesquisadores acompanharam a rotina de 535 pacientes, com sintomas de moderados a graves da doença ocular, de 27 centros de oftalmologia e optometria. Os participantes foram submetidos a diversas avaliações e, a partir de um cruzamento avançado de dados, a pesquisa identificou que os pacientes com diagnóstico de depressão apresentaram os piores sintomas da doença do olho seco. 

Segundo a OMS, (Organização Mundial da Saúde) a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas. A agência de saúde, subordinada à ONU (Organização das Nações Unidas), prevê que a depressão será a principal doença incapacitante nos próximos anos.

“Estudos como esse [da Universidade da Pensilvânia] conscientizam sobre a importância de cuidarmos da nossa saúde mental e, mais do que nunca, da degeneração macular. A síndrome do olho seco está cada vez mais frequente em jovens, adultos e, principalmente, em idosos, e é uma síndrome evitável”, afirma o oftalmologista Dr. João V. Arcanjo.

Luteína é aliada para visão saudável

De acordo com o Dr. Arcanjo, a prevenção da síndrome do olho seco ocorre por diversas frentes, como a restrição a ambientes com ar-condicionado, exposição à luz azul – que vem de computadores e smartphones – e por meio do uso de umidificador em climas secos. “Sendo sincero, hoje é muito difícil não expor nossa visão à luz azul. Quase tudo que fazemos está relacionado a mexer no celular e notebook. E isso pode acelerar a degeneração macular, desencadeando a síndrome do olho seco”, diz.

Neste sentido, para o médico oftalmologista, a luteína pode contribuir para uma visão saudável, pois previne o envelhecimento precoce da pele e coopera para a proteção dos olhos e da pele contra os radicais livres, raios UV e luz azul. 

“A luteína é um carotenóide presente em vegetais e ajuda o organismo a se proteger de doenças maculares como a degeneração, síndrome do olho seco e catarata, entre outras. Entretanto nosso corpo não produz luteína, ela deve vir por meio de suplementos”, afirma.

Dr. Arcanjo destaca que um novo estudo divulgado pela Frost & Sullivan revela que o uso de luteína e zeaxantina por indivíduos com degeneração macular pode reduzir o risco da transmissão da doença para um estágio mais avançado. “A análise fornece benefícios da luteína e da zeaxantina para manter a saúde visual e uma boa qualidade de vida”, afirma, citando a declaração da vice-presidente de Nutrição Humana da BASF na Europa, Julia Raquet.

Saúde ocular é preocupante no Brasil 

Para o médico, há uma negligência por parte da população brasileira com a saúde ocular. “Segundo o último censo divulgado pelo IBGE em 2021, há mais de 6,5 milhões de pessoas com dificuldade em enxergar no país. Entretanto, diversos casos podem ser reversíveis com o tratamento adequado”, pontua. “Muitas pessoas com dificuldade de enxergar, ou com algum desconforto, não fazem nenhum acompanhamento anual”.

Diante disso, conclui o Dr. João V. Arcanjo, é necessário trabalhar muito para mudar esse cenário, conscientizando a população sobre o quanto é importante adotar medidas como prevenção e tratamento precoce.

Para mais informações, basta acessar: https://melhorviver.com.br/

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