A INRIX é pioneira no uso de inovação técnica para entender o movimento de pessoas, o que faz dela uma liderança para tornar a mobilidade urbana mais inteligente, aproveitando a conectividade de veículos, o gerenciamento avançado de estacionamento, os dados dinâmicos para planejamento urbano e a otimização do fluxo de tráfego para torná-lo mais seguro, limpo, mais conveniente e mais agradável para as pessoas chegarem aonde precisam ir.
A empresa trabalha com parceiros e agências públicas em mais de 60 países, a fim de tornar as sociedades cada vez mais móveis.
As cidades mais congestionadas do mundo
Em nível global, Moscou liderou a lista das cidades mais engarrafadas do mundo (210 horas perdidas devido aos congestionamentos), seguida por Istambul, Bogotá, Cidade do México e São Paulo.
A participação das cidades latino-americanas não é uma surpresa, devido à sua rápida urbanização, altos níveis de assentamentos informais, topografia e volatilidade financeira.
São Paulo em 5° e Rio de Janeiro em 7° lugar entre as 10 cidades mais congestionadas do mundo!
As principais conclusões do INRIX 2018 Traffic Scorecard fornecem uma referência quantificável para governos e cidades em todo o mundo para medir o progresso para melhorar a mobilidade urbana e acompanhar o impacto dos gastos em iniciativas de cidade inteligente.
O caos da poluição em São Paulo
Em uma cidade como São Paulo é evidente que o problema de mobilidade é um assunto, também, relacionado à moradia e à desigualdade social. Mas a relação não para por aí: o problema de mobilidade gera a poluição do ar, que afeta muito mais os passageiros de ônibus, os motoristas e trocadores que gastam mais tempo em um trajeto do que os passageiros de metrô, por exemplo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como limite de exposição a material particulado 20 µg/m3 (micrograma por metro cúbico de ar), um índice que já foi superado por todas as estações de monitoramento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), de acordo com o Jornal da USP no Ar. A publicação afirma que algumas delas já atingiram 40 microgramas de material particulado, como as estações de Osasco, Grajaú e Mauá.
O Jornal da USP no Ar entrevistou Maria de Fátima Andrade, professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, para saber mais acerca das implicações da exposição à poluição entre os usuários de automóveis, metrô, trem e bicicleta durante o trajeto casa-trabalho.
“Aqueles que moram em regiões mais afastadas ficam muito mais tempo expostos e, em geral, as concentrações são mais elevadas em regiões mais periféricas da cidade”, explica Andrade.
A professora ressalva que:
“Não considerar somente o tráfego como uma questão de planejamento, mas também levar em consideração a exposição a que as pessoas estão sujeitas.”
Poluição urbana
Em 2015, a OMS divulgou um relatório demonstrando que a poluição urbana está muito acima dos limites recomendados. Isso torna a poluição um problema de saúde pública em muitas cidades, como, por exemplo, a Cidade do México, São Paulo, Moscou ou até mesmo Roma.
A única solução para diminuir as doenças e mortes causadas pela poluição urbana é retirando os carros das ruas. Isso significa investimento de governos em transporte público. Essa saída impactaria não apenas na saúde física dos habitantes das cidades, como, também, em saúde mental e qualidade de vida, já que não passariam horas do dia presos (estressados) em engarrafamentos.
O poder público é responsável por assegurar a melhoria dos padrões de qualidade do ar para as cidades. No Brasil, estamos, ainda, muito distantes de atingi-lo: aqui o padrão é de 100 a 500 vezes menor do que o aplicado na Europa, por exemplo. Só com o investimento do setor público e com mudanças mais rigorosas na legislação podemos vislumbrar um ar mais limpo e saudável.
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Por Gisella Meneguelli no greenMe.