A ViaQuatro, que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, detectou o aumento no número de acidentes nos últimos anos por causa do uso do celular. Em 2017 a média mensal já chega a 23,9 ocorrências, quando em 2016 era de 20,8, e em 2015 de 16,3.
Ler ou digitar no celular ou correr nas escadas são os principais motivos de acidentes e esbarrões no interior das estações.
Para diminuir os riscos desse tipo de acidente a Via Quatro decidiu lançar uma campanha para conscientizar os usuários sobre o uso do celular nas estações e plataformas. A campanha começou nesta segunda-feira, dia 25, e contará com palhaços, que atuarão chamando a atenção para os riscos de se olhar apenas para a telinha. As estações Luz e Pinheiros foram as escolhidas para a ação dos palhaços, que atuarão de forma lúdica sobre os riscos que se corre ao olhar e digitar no celular ao caminhar. A ação também ressaltará a importância de se ficar atento ao sinal sonoro de abertura e fechamento das portas ao embarcar e desembarcar dos trens.
“Com base nos registros, identificamos que as principais causas de acidentes são ocasionadas por hábitos considerados inofensivos como ler ou digitar no celular enquanto caminha e correr nas escadas. Quando olham para o telefone ou livro, as pessoas se distraem e acabam esbarrando e tropeçando. Entendemos que mudar uma única atitude pode agregar muito para gerar maior segurança aos nossos passageiros. É uma campanha de caráter preventivo, que estimula os passageiros a observar o caminho por onde passa e a evitar acidentes”, informa José Luiz Bastos, gestor de Atendimento da ViaQuatro.
As mensagens da campanha terão o reforço de adesivos colados nas principais escadas rolantes das estações Pinheiros e Luz. No total, a linha 4 possui 100 escadas rolantes, e em todas elas algum tipo de adesivo com mensagens de orientação será afixado.
A campanha contempla também divulgação massiva em painéis e cartazes instalados em todas as estações e área interna dos carros dos trens, vídeos informativos veiculados nos monitores, localizados nas plataformas de embarque e nos trens.
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Por Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes. Artigo publicado originalmente no Diário dos Transportes.