Os trabalhos para a modernização da Feira da Madrugada, localizada no Brás, região central, entram em uma nova etapa. A partir desta sexta-feira (26), os comerciantes que atuam no espaço terão que deixar o local para que o termo de posse ao Consórcio Circuito de Compras São Paulo S.A., ganhador da licitação e responsável pela implantação e operação do espaço, seja emitido até o dia 1º de março. Neste período, a feira não será aberta para a população. A vistoria será realizada pela Prefeitura, por meio de agentes vistores da Secretaria Municipal de Coordenação de Subprefeituras.

De acordo com o secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique, a ação é necessária e prevista na legislação para posse de imóveis.

“É semelhante quando uma pessoa aluga um imóvel e precisa certificar o estado do mesmo. Será esse procedimento que iremos adotar com um grupo de servidores e também do próprio Consórcio, vistoriando as condições de cerca de 4 mil boxes que serão passados para a nova administração. Essa segurança é para ambas as partes, e foi acordado com os comerciantes que os boxes estariam vazios para agilizar os trabalhos e evitar que a Feira da Madrugada fique muitos dias sem funcionar”, afirmou o secretário, que garantiu que “os comerciantes voltarão para os mesmos boxes”.

Com a posse, o Consórcio Circuito de Compras dará continuidade à organização do local, assumindo inclusive serviços de segurança e limpeza. O processo de assinatura dos contratos de locação também será prosseguido.

“A Feira da Madrugada é estigmatizada há muitos anos, e não negamos os problemas existentes, por isso acreditamos que essa nova etapa de desenvolvimento social e econômico é importante para trazer dignidade aos trabalhadores que lá atuam e, consequentemente, melhor atendimento aos consumidores e turistas”, disse Artur Henrique.

Nos próximos dias, o Consórcio Circuito de Compras deverá entregar o projeto executivo para a construção do shopping que abrigará mais de 4 mil comerciantes. O prazo máximo para a construção do novo espaço é de quatro anos. Nesse período, o novo administrador deverá realocar os comerciantes, sem a suspensão dos atendimentos.

A Prefeitura também criará um comitê gestor com representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), da União (que cedeu os direitos de uso do terreno), do consórcio e dos comerciantes para acompanhar e monitorar o cumprimento das obrigações do contrato.

 

Consórcio Circuito de Compras São Paulo S.A

O contrato com o Consórcio Circuito de Compras São Paulo S.A. foi assinado em dezembro do ano passado com o intuito de requalificar as regiões de comércio popular do Brás, Bom Retiro, Santa Ifigênia e 25 de Março. A ideia é aproveitar o potencial das quatro áreas, promovendo também seu desenvolvimento socioeconômico, com investimentos exclusivos da iniciativa privada, sem contrapartida de recursos do Município.

A capacidade prevista no novo equipamento é o dobro da atual, fazendo com que os direitos sociais dos que já trabalham no local sejam garantidos, além de abrir oportunidades para novos comerciantes.

O novo grupo terá que cumprir, entre outras exigências, a construção de um Centro Popular de Compras com serviço de informação ao turista, praça de alimentação, áreas para depósito e armazenagem, salas comerciais e um hotel. Estão previstos ainda centros de apoio ao turista, com serviço de despacho de compras, guarda volumes e áreas de conveniência.

Também estão inclusos um estacionamento com vagas para ônibus, carros e vans, terminal de embarque no sistema de transporte de turistas e de compras, área de descanso para motoristas e guias, entre outras ações.

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Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação / Portal da Prefeitura.