Em conversa com o Pro Coletivo, Carolina contou sobre as novidades do projeto, que cresceu e hoje envolve dez escolas públicas e privadas em São Paulo e em Belo Horizonte, e mostrou as inúmeras vantagens de adotar o transporte a pé para levar os filhos à escola. “É um equivoco pensar que isolar as crianças significa protegê-las. Quando as crianças caminham e ocupam os espaços públicos suas necessidades se tornam evidentes e isso faz com que os adultos repensem esse espaço. Afinal, uma cidade que é boa para as crianças também é boa para todos”, diz Carol Padilha.
E o que a rua pode ensinar às crianças e aos seus pais? “Que o espaço público é rico, diverso e de todos. É circulando pelas ruas que boas perguntas e reflexões surgirão, principalmente do que não está bom e/ou poderia melhorar”.
Hoje, quando implementa o Carona a Pé em uma escola, a taxa de adesão é alta: 30% dos estudantes passam a ir com os grupos. O que conta para as crianças, além da sensação de pertencer a um grupo e da interação com os colegas, é o bem-estar que as caminhadas geram e a possibilidade de observar o percurso e participar da vida da cidade.
“Depois que o Carona a Pé começa ele engaja toda a escola, o comércio local e faz com que várias pessoas repensem a organização das cidades, e isso é incrível! Todos querem uma cidade mais humana, mas para isso são as pequenas escolhas diárias que importam, por exemplo se vai de carro ou vai a pé!”, diz Carol, lembrando que para saber mais sobre o programa ou implantá-lo em sua escola basta entrar em contato pelo site www.caronaape.com.br ou pelas redes sociais.
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