A bicicleta elétrica é um veículo híbrido, ou seja, funciona com pedaladas e com motor movido a bateria. Elas já podem ser usadas em ciclovias desde sua regulamentação em 2013, contanto que cumpram algumas especificações, como por exemplo não ultrapassar os 25 km/h com ajuda do motor e oferecer apenas assistência à pedalada, em vez de propulsão independente de esforço do usuário. Algumas dessas biciclatas possuem até mesmo tecnologia de recarga de bateria por meio da força exercida pelo ciclista ao pedalar.
Se as bicicletas elétricas ainda não são tão comuns por aqui, as compartilhadas caíram no gosto usuário. A prefeitura de São Paulo, por exemplo, tem planos para tornar este serviço municipal e expandi-lo. Hoje há dois serviços, denominados Bike Sampa e Ciclo Sampa, pertencentes ao banco Itaú e à Bradesco Seguros, respectivamente.
Combinando estas duas variações, São Paulo possui um sistema de empréstimos de bicicletas elétricas, numa iniciativa privada sem relação com o poder público. Desde o início de 2015, a empresa E-Moving oferece o serviço, e hoje são 29 bicicletas em operação. O representante da empresa, Kleber Piedade, contou que existem planos de levar o projeto para o Rio de Janeiro.
O sistema teve início na Praça Valorama, na zona sul da capital paulista, onde após um cadastro os ciclistas podiam usufruir do serviço. Kleber conta que a empresa precisou rever o modelo por questões financeiras e do ponto de vista do usuário, e hoje se concentra em estabelecimentos comerciais. “Estamos presentes nos hotéis Ibis Budget, oferecendo o aluguel de bicicletas elétricas para os hóspedes”, diz Kleber.
O usuário pode optar por alugar a bicicleta por semana ao custo de R$150, ou por mês pagando R$350, além de aluguéis avulsos. O ciclista entra em contato por e-mail ou telefone e a empresa entrega a bike.
A E-Moving também atua com empresas, como restaurantes. “Algumas empresas optam por utilizar as bicicletas elétricas tanto para fazer entregas como para oferecer para seus funcionários, para que eles possam ir para reuniões e almoços”, conta Kleber. A bike que utilizada é a Sense Breeze, com autonomia de cerca de 30 km.
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Renato Lobo no Vá de Bike.