‘Guerrilheiro Não Tem Nome’ do Grupo MATA! e a trajetória de jovens que lutaram no Araguaia

Grupo Teatral MATA! leva seu espetáculo “guerrilheiro não tem nome”, para três locais distintos da cidade de São Paulo e convida a população para imergir na verdadeira história do Brasil, tratando sobre um movimento revolucionário, contra a repressão da Ditadura Militar: a Guerrilha do Araguaia. As ações, que fazem parte do projeto contemplado na 3ª edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, contemplam apresentações no Teatro Leopoldo Fróes, Teatro Zanoni Ferrite e Centro Cultural São Paulo.

Ditadura, repressão e revolução

Em tempos em que o tema “Ditadura” paira sobre muitas conversas, o Grupo Teatral MATA! apresenta o espetáculo “guerrilheiro não tem nome”, um espetáculo de relevância estética e política, que convida o público para uma imersão em um assunto complexo da história do Brasil: a Guerrilha do Araguaia. Após uma temporada no Espaço Pyndorama, Sede da Cia. Antropofágica, o grupo apresenta seu espetáculo nos dias 06, 07 e 08 de maio no Teatro Leopoldo Fróes, com entrada gratuita, seguindo para o Teatro Zanoni Ferrite e encerrando as ações do projeto no Centro Cultural São Paulo. Todas essas ações fazem parte do projeto “guerrilheiro não tem nome”, contemplado na 3ª edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Foto: Flaviana Benjamin / Divulgação.

O Grupo Teatral MATA! é formado por artistas que se uniram em prol do trabalho colaborativo de criação, tendo se iniciado como um grupo de estudos de temas relativos à formação cultural do Brasil, o teatro épico-dialético e o fazer teatral. Depois de dois anos de pesquisa e experimentos cênicos, o grupo foi contemplado com o edital PROAC – Primeiras obras, através do qual o espetáculo “guerrilheiro não tem nome” foi concebido.

Agora, com o Prêmio Zé Renato, o grupo realiza apresentações gratuitas e convida o público para conhecer este trabalho que trata de um assunto tão obscuro da história do país e que jamais deve ser esquecido. O diretor Anderson Zanetti comenta: “Dar continuidade as apresentações deste espetáculo, é contribuir para a consolidação da memória histórica de uma democracia a ser continuamente aprimorada, tomando como lição o passado que ainda vive no presente”.

Foto: Flaviana Benjamin / Divulgação.

O nome do grupo e o interesse pelo assunto surgiram do contato com o livro MATA! – O Major Curió e as guerrilhas no Araguaia, do jornalista Leonêncio Nossa, que teve acesso exclusivo ao lendário arquivo pessoal do major Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió, um dos protagonistas da repressão da ditadura militar. O livro revela detalhes das torturas e assassinatos que vitimaram dezenas de pessoas na década de 1970 na região do Araguaia, além de expor um arrebatador panorama histórico do Bico do Papagaio e do sudeste do Pará. Mata! percorre quase duzentos anos na história da região, incluindo tragédias recentes como a exploração de ouro em Serra Pelada e os massacres de sem-terra, para compor um verdadeiro épico da desordenada ocupação do território amazônico a partir do século XX.

A história da guerrilha chamou a atenção do Grupo Teatral Mata! pela sua força ideológica e a paixão dos jovens combatentes que morreram em nome de um país mais justo, livre da opressão contra o povo e da violência do Estado de Exceção promovido pelo golpe civil-militar de 1964.

A saga dos jovens guerrilheiros do Araguaia, pouco conhecida e explorada no Brasil, perpassa os tempos e desemboca na história contemporânea do país. E os elementos de injustiça social, coronelismo, luta armada, corrupção, militarismo e tortura compõem a trama documentária do livro de Leonêncio, de uma maneira fragmentada, na qual um fio condutor linear dá lugar à totalidade histórica dos fatos.

Por tudo o que a pesquisa acerca dessa luta nos mostrou, essa é uma história que não deve ser silenciada jamais, e nossa contribuição aparece por meio do nosso trabalho teatral, complementa Anderson.

O Grupo MATA!

Mais informações na página da grupo no facebook: www.facebook.com/grupoteatralMATA
– site: http://grupoteatralmata.wix.com/grupoteatralmata
– blog: http://grupoteatralmata.blogspot.com.br/


Serviço

A partir de uma perspectiva poética coletiva, o espetáculo reconstrói os caminhos de alguns jovens que aderiram à Guerrilha do Araguaia e nela descobriram o elo entre suas vidas e as contradições mais profundas da formação social do Brasil. O sonho por uma sociedade igualitária, o contato com a cultura local e a solidariedade revolucionária alimentaram a coragem daqueles que não retrocederam frente à violência do regime militar instaurado em 1964.

Temporada: de 06, 07 e 08 de Maio de 2016.
Horário: Sexta-feira e Sábado às 20h00 / Domingo às 19h.
Endereço: Teatro Leopoldo Fróes – R. Antônio Bandeira, 114 – Vila Cruzeiro, São Paulo – SP.
Duração: 80 min.
Classificação: 16 anos.
Ingressos: Gratuitos.

Próximas apresentações

– 13 de Maio de 2016 – às 20h – Sexta (Teatro Zanoni Ferrite).
– 14 de Maio de 2016 – às 20h – Sábado (Teatro Zanoni Ferrite).
– 15 de Maio de 2016 – às 19h – Domingo (Teatro Zanoni Ferrite).

Onde: Teatro Zanoni Ferrite: Av. Renata, 163 – Vila Formosa, São Paulo – SP.

– 28 de Maio de 2016 – às 19h – Sábado (Sala Adoniran Barbosa: CCSP).
– 29 de Maio de 2016 – às 18h – Domingo (Sala Adoniran Barbosa: CCSP).

Onde: Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP.

***
Fonte: Luciana Gandelini /  Assessoria de Imprensa.

 

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