‘Mobilize’ revela os resultados de sua avaliação sobre as calçadas nas cidades brasileiras

A campanha surge como uma continuidade da ação realizada pelo Mobilize Brasil em 2012/2013 e que alcançou grande repercussão nacional. Naquela atividade, ao avaliar as condições das calçadas, o Portal notou que havia outros fatores que poderiam estimular ou inibir a prática da caminhada como forma de transporte urbano. A falta de sinalização, de arborização e paisagismo, a poluição atmosférica, o excesso de ruído, ou a velocidade e agressividade do tráfego nas ruas e podem afastar as pessoas desse hábito saudável e sustentável que é a mobilidade a pé. Afinal, caminhar é a forma mais simples, leve, econômica e de baixo impacto para o transporte urbano, especialmente em deslocamentos de até dois quilômetros.

Nenhuma das capitais conseguiu chegar à média mínima aceitável (8,0) e que as médias mais altas ficaram ainda abaixo da nota 7,0. Foto: Rivaldo Gomes / Folhapress.

De forma geral, nesta edição, notou-se que as áreas mantidas diretamente pelas prefeituras apresentam condições muito melhores de acessibilidade e caminhabilidade, com mais regularidade, maior padronização e oferta de conforto para pedestres, do que se observadas calçadas indiscriminadamente. Também é possível ver que estabelecimentos estaduais e federais não têm o mesmo cuidado na gestão desses equipamentos, o que sugere que a proximidade do gestor público proporciona maior controle na qualidade dos passeios e demais infraestruturas. Mas, é importante frisar que nenhuma das capitais conseguiu chegar à média mínima aceitável (8,0) e que as médias mais altas ficaram ainda abaixo da nota 7,0.

“Uma das coisas mais interessantes dessa pesquisa é que é possível acessar a planilha completa dos resultados, que incluem comentários dos pesquisadores. Percebe-se, então, a subjetividade de percepção dos usuários, que varia não só pelo aspectos do ambiente – quase todas as pesquisas foram feitas durante o dia por exemplo -, como questões pessoais, como limitações maiores de deficientes físicos que costumam dar menores notas pois vivem com o corpo  mais dificuldades,” diz Wans Spiess, uma das criadoras do Calçada SP.

Os critérios

As áreas mantidas diretamente pelas prefeituras apresentam condições muito melhores de acessibilidade e caminhabilidade. Foto: R7.

1. Regularidade do piso.
2. Largura total e faixa livre.
3. Inclinação transversal da calçada.
4. Barreiras e obstáculos.
5. Rampas de acessibilidade.
6. Faixas de pedestres.
7. Mapas e placas de orientação.
8. Ruído urbano.
9. Poluição atmosférica.
10. Existência de mobiliário urbano e praças.
11. Arborização e paisagismo.
12. Segurança.
13. Semáforo de pedestres.

Os resultados podem ser vistos no link do levantamento “Calçadas do Brasil 2019“.

***
Fonte: Mobilize.

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