No próximo 14 de dezembro o MASP inaugura ‘Tunga: o corpo em obras‘, exposição que reúne cerca de oitenta obras do artista pernambucano, incluindo instalações, objetos e desenhos.
Embora apresente trabalhos de diferentes períodos de sua carreira, desde os anos 1970 até sua morte, em junho de 2016, não se trata de uma mostra retrospectiva, mas sim de uma exposição monográfica cujo recorte curatorial tem como foco a maneira como Tunga trabalhou os temas da sexualidade e do erotismo ao longo de sua produção.
Pode-se dizer que o corpo e questões relacionadas à sexualidade atravessam toda a obra do artista, desde o início de sua carreira. Neste recorte curatorial, a sexualidade é compreendida como forma de estabelecer e desenvolver relações, vínculos, transformações e criações entre corpos, seres, matérias e linguagens. As obras que integram a exposição compreendem os mais distintos materiais usados por Tunga, como bronze, cobre, latão, madeira, papel, borracha e maquiagem; bem como fazem referência a diversas áreas do conhecimento, como literatura, filosofia, psicanálise, química, biologia e alquimia.
Organizada de forma não-cronológica pelo espaço do 2º subsolo, a exposição conta com alguns dos trabalhos mais emblemáticos de Tunga, como Vê-nus (1976), Tacape(déc
Por ocasião da mostra, o MASP publica um catálogo disponível em português e inglês com imagens das obras expostas, textos dos curadores e ensaios inéditos de Marta Martins e Catherine Lampert, além da republicação de textos históricos sobre a obra de Tunga, de Ronaldo Brito e Suely Rolnik.
‘Tunga: o corpo em obras‘ encerra o programa anual de 2017 do MASP, dedicado à sexualidade, e que contou com exposições individuais das artistas Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Tracey Moffatt, Guerrilla Girls e dos artistas Miguel Rio Branco e Toulouse-Lautrec, além da mostra coletiva, Histórias da sexualidade, seminários e oficinas em torno do assunto.
A exposição tem curadoria de Isabella Rjeille e Tomás Toledo. A expografia é da Metro Arquitetos Associados.
Tunga
Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão (1952 / 2016), conhecido como Tunga, foi o primeiro artista contemporâneo e o primeiro brasileiro a ter uma obra exposta no Museu do Louvre, em Paris. Obras suas estão em acervos permanentes de museus como o Guggenheim de Veneza, além de o Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais. Nascido em Palmares, Pernambuco, Tunga mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou arquitetura e urbanismo. O filho do escritor Gerardo de Mello Mourão iniciou a carreira no começo dos anos 1970.
Serviço
‘Tunga: O Corpo em Obras‘
Data: 15 de dezembro de 2017 a 11 de março de 2018.
Local: MASP / 2º subsolo.
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30).
Acessível a deficientes físicos, ar condicionado, classificação livre.
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Com informações do MASP.