Noruega, um país que recicla 97% das garrafas de plástico

Uma delegação de autoridades do Reino Unido visitou recentemente a Noruega para aprender sobre como garrafas de plástico são recicladas no país escandinavo. Foto: Gorm Kallestad / NTB Scanpix. Os noruegueses podem devolver as embalagens em máquinas criadas para isso ou nos balcões das lojas em que as garrafas foram compradas. Após a leitura do código de barras o consumidor recebe um cupom ou dinheiro, sendo que o valor difere de acordo com o volume da garrafa.

“Queremos chegar ao ponto em que as pessoas compreendam que estão a comprando o produto mas apenas levando a embalagem emprestada”, disse ao jornal inglês Guardian Kjell Olav Maldum, administrador da Infinitum, a empresa que gere o sistema de depósito das garrafas.

O sistema funciona para todos desde 2011 – desde então, as empresas não pagam o imposto. A taxa de reciclagem de todas as garrafas de plástico está em 97%, sendo que 92% voltam a ter nova vida como garrafas de plástico. E parte das garrafas já deve ter sido reciclada mais de 50 vezes, segundo Maldum.

Na Noruega, a máquina de depósito e devolução aceita apenas dois tipos de garrafa de plástico, com rótulos aprovados e até mesmo com cola aprovada para fixar as etiquetas. Foto: Divulgação / Infinitum.

“Temos o sistema mais eficiente do mundo”, diz por sua vez Sten Nerland, diretor de logística da Infinitum à Positive News. De tal forma que delegações de uma dezena de países visitaram as instalações da empresa para entender como funciona o sistema.

A União Europeia tem como meta o recolhimento de 90% das garrafas de plástico até 2025. Plásticos de uso único, como pratos, talheres e copos para bebidas de plástico vão ser proibidos a partir de 2021.

O centro de depósito de garrafas Infinitum recicla 97% das garrafas de bebidas de plástico da Noruega. Foto: Divulgação / Infinitum.

No entanto, a produção de plástico a nível global não dá sinais de diminuição: um milhão de garrafas de plástico são consumidas em cada minuto, segundo dados revelados pelo Guardian em 2017.

O plástico deixado na natureza dispersa-se e vai parar aos oceanos, onde se fragmenta em pedaços muito pequenos, que são ingeridos pelos animais e chegando ao prato dos consumidores, no sal, algas, peixes e aves.

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Fontes: Diário de Notícias, BBC e Guardian (inglês).

 

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