A campanha Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro mobilizará ações de empoderamento para que brasileiras possam tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade – sobre engravidar ou não, sobre quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade.
A iniciativa visa ampliar e qualificar o debate público sobre o assunto e angariar contribuições técnicas e financeiras de cada um dos apoiadores. A campanha nacional é a primeira realizada pela Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.
Os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto (morte materna) e o aumento de infecções sexualmente transmissíveis demonstram a urgência do envolvimento de toda a sociedade para fazer frente ao problema.
Dados da pesquisa Nascer no Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), revelam que aproximadamente 30% das mulheres que deram à luz em hospitais selecionados disseram que não desejaram a gestação atual. Ainda conforme a instituição de pesquisa, a cada 100 mil bebês nascidos vivos, 143 mães morriam antes de 1990. Esse número caiu consideravelmente entre 1990 e 2015, mas, seguiu elevado e preocupante: para o mesmo número de bebês nascidos vivos, 61 mulheres vieram a óbito em 2015.
“As mulheres são centrais nesse debate porque é sobre o corpo delas que os efeitos da desinformação e da discriminação de gênero recaem de forma muito mais impactante e com consequências para toda a sociedade. Por isso, é fundamental que as mulheres brasileiras decidam seu presente e seu futuro”, afirma Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil.
Para o dirigente, o desenvolvimento do país não é apenas uma responsabilidade do Estado, mas de vários diferentes setores, entre eles o setor privado. Por isso, o Fundo da ONU busca parcerias amplas, como a Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.
A campanha Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro busca também promover especialmente três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas — o ODS 3, que visa assegurar vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades; o ODS 5, que defende a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e jovens; e o ODS 17, que determina o fortalecimento de parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.
Sobre a Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil
A Aliança é uma iniciativa dos setores privado e filantrópico em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e apoio da Embaixada dos Países Baixos, para a promoção da saúde e garantia dos direitos sexuais e reprodutivos. A primeira grande ação da aliança é a campanha Ela Decide, que tem como objetivo promover o empoderamento e os direitos das mulheres para que alcancem seu pleno potencial e possam fazer valer suas decisões sobre sua sexualidade e reprodução. Em outras palavras, para que as mulheres no Brasil possam decidir livremente sobre sua sexualidade e, também, sobre quando e quantos filhos desejam ter ou não ter.
Fazem parte da Aliança o Fundo de População das Nações Unidas e as empresas Bayer, MSD, Reckitt Benckiser, Semina e o Instituto Ethos.
Saiba como participar clicando aqui.
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Com informações da ONU Mulher / Brasil.