O Clean Energy Challenge São Paulo busca soluções ancoradas localmente, estratégias de baixo para cima e a combinação de inovação com os conhecimentos tradicionais e de redes locais. Tanto os designers moradores das cidades participantes quanto de outros lugares do mundo puderam enviar suas ideias.
O objetivo do concurso foi o de repensar a forma como produzimos, distribuímos e usamos energia em 5 cidades: Delhi, Cidade do México, Nairóbi, São Paulo e Amsterdã. A questão-chave lançada para as cidades foi: como é possível repensar a produção, a distribuição e o uso da energia em áreas metropolitanas em constante expansão? No caso de São Paulo: como diminuir a poluição do ar considerando o previsto aumento populacional? O desafio recebeu 452 submissões de projetos ao redor do mundo. No último dia 6 de março, um júri internacional anunciou que os vencedores.
As vencedoras de São Paulo
Do ativismo ao negócio. Foi assim que surgiu a startup Pedivela que conecta e otimiza a relação entre ciclistas de carga, empresas de entrega de encomendas e cruzamentos automatizados urbanos. Projetar e operar fazendas urbanas nos telhados dos prédios de São Paulo utilizando técnicas aquapônicas foi outra ideia consagrada. E, por fim, o aplicativo da Milênio Bus que gera funcionalidade de passageiros, otimização de frotas e inteligência para transporte público.
As vencedoras participarão de um programa de aceleração de quatro meses, em Amsterdã, na Holanda, feito sob medida; além do apoio por meio de financiamento e mentoria na fase de aceleração.
A Pedivela
A Pedivela surgiu em 2014, como uma empresa de transporte e entregas em bicicleta, mas ao longo do tempo mudou seu modelo de negócio. “Hoje somos uma empresa de tecnologia que conecta ciclistas autônomos, que são donos de seu próprio negócio, a transportadores e também a um armazém e uma empresa que aluga as bicicletas. Nenhum desse ativos é da Pedivela”, conta. O que a empresa desenvolve são softwares para facilitar e otimizar esse contato, além da busca de tecnologia e inovação.
Atualmente são 70 “bikelovers” ativos que realizam as entregas em São Paulo, além de uma lista de mais de 6 mil pessoas cadastradas em espera. De acordo com a Pedivela, os ciclistas chegam a ganhar R$ 3,5 mil por mês com o trabalho.
Em São Paulo a empresa quer começar a operar este ano com 12 estações autônomas, que possam receber as entregas de mercadorias e encaminhá-las para distribuição pela cidade por meios das bicicletas e ciclistas. “O container é automático e faz todo processo. A ideia é ocupar espaços ociosos das cidade, embaixo de viadutos, em áreas degradadas, nossa pegada é a humanização da cidade, a gente vem disso, no final das contas tudo surgiu para colocar mais bikes na rua, reduzir os riscos dos ciclistas”.
Projetar e operar fazendas urbanas nos telhados dos prédios de São Paulo utilizando técnicas aquapônicas. Para o projeto, a primeira fazenda urbana de São Paulo ocupará os telhados dos edifícios, espaços antes subutilizados. Mais do que simplesmente plantar hortaliças e criar peixes, o objetivo da Fazenda Urbana é conectar crianças e adultos da grande cidade com conceitos de sustentabilidade, estimulando um novo olhar sobre a cadeia produtiva e o papel de cada um nela.
O uso das coberturas pode provocar grande impacto positivo para as cidades e consequentemente para as pessoas, já que os impactos da agricultura urbana sem agrotóxicos nos telhados dos edifícios não só elimina a emissão de poluentes no transporte de alimentos, como também utiliza energia potencial desperdiçada pela cidade e aproxima a população urbana dos valores já compartilhados pelo campo e pela população rural em relação à natureza.
A proposta do projeto é desenvolver hardware para a contagem do fluxo de passageiros em tempo real nos ônibus. A idéia surgiu quando um dos parceiros usou o transporte público e embarcou no primeiro ônibus que parou na frente dele, o veículo estava muito cheio e no momento do pagamento ele percebeu que outro ônibus vazio estava chegando e pensou: “Uau, se eu soubesse disso, esperaria três minutos para me sentar.
“No uso de ônibus públicos identificamos três problemas centrais:
- Há ônibus cheios e vazios indo para o mesmo lugar em horários semelhantes;
- Não há um projeto planejado do uso dos veículos em relação ao fluxo de passageiros;
- A catraca hoje é analógica, o que gera a fuga de pagamento dos usuários.
O Clean Energy Challenge
O Clean Energy Challenge em números: 452 projetos submetidos • 52 países participantes• 10 membros no júri especializados em temas como clima, design e negócios.
Vídeo com anúncio do prêmio: https://www.youtube.com/watch?v=3HXJ5ZiYwRQ
Site da plataforma: https://www.whatdesigncando.com/
Página What Design Can Do no Facebook: https://www.facebook.com/fb.whatdesigncando/
Os vencedores no site: https://cleanenergychallenge.whatdesigncando.com/search/+?topic=sao-paulo&phase=5
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Com informações WDCD (Inglês).