Projeto espalha mapas com pontos de interesse nos bairros paulistanos

Atualmente, o Mapa Daqui já ganhou vida própria. Basta passar em frente à estação de metrô Fradique Coutinho para comprovar. Lá está instalada, em um poste, uma placa de PVC com um mapa da região criado por Neumann. Com uma diferença significativa em relação ao projeto britânico: o mapa daqui funciona de modo completamente colaborativo.

São os próprios transeuntes que decidem o que vão colocar como pontos de interesse em uma lista ao lado do mapa local. Assim, podem indicar restaurantes, cafés, cinemas e outros programas disponíveis na região.

O Mapa Daqui é colaborativo também em fase anterior à de incluir sugestões locais.

Qualquer interessado pode entrar no site do projeto, indicar seu endereço e gerar um mapa local, que pode ser impresso em casa ou confeccionado em formatos mais resistentes, como em PVC – ao custo de R$ 25, em média, tem sido o mais bem-sucedido, segundo Neumann.

“Ele fica bem resistente, e dá uma cara mais oficial para o item de sinalização. É um serviço que as prefeituras deveriam fazer e não fizeram até agora”, afirma àFolha o criador do projeto.

Em São Paulo, a SPTuris chegou a investir em um projeto de placas informando o sentido de pontos turísticos da cidade. “Mas isso tem um preço caríssimo e não é voltado para o planejamento urbano”, pondera Neumann.

A situação dos pôsteres é “nebulosa” na cidade. Projetos artísticos são permitidos em postes, mas propaganda é proibida e precisa ser retirada. O Mapa Daqui não se encaixa em nenhuma dessas categorias. “Até aqui, não tive problemas com a prefeitura, mas muitas vezes os mapas são retirados pelas empresas de limpeza.”

No começo, o próprio designer fazia missões para instalar as placas e lambe-lambes pela cidade. Agora, o projeto já está na casa de 1.000 downloads, e tem parcerias firmadas com estabelecimentos comerciais, que disponibilizam o Mapa Daqui em suas fachadas em troca de créditos no site oficial.

Se antes estava restrito à cidade de São Paulo, o projeto agora já foi exportado para 15 Estados, conta Neumann. “Só falta agora atingir a região Norte do país.”

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Rodrigo Russo no Cotidiano da Folha de S.Paulo.

 

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