Ao lado da realidade aumentada e da internet das coisas, a inteligência artificial está entre os campos da tecnologia que avançam em ritmo mais acelerado, o que abre a possibilidade de tornar a nossa rotina cada vez mais semelhante a um filme de ficção científica.Uma das consequências das descobertas nessa área é a possibilidade de ver carros que dispensam o uso de motoristas circulando por aí.
Empresas como Google, Tesla e Uber já investem pesado nessa frente e têm testado os veículos autônomos com diferentes níveis de sucesso.
O que vai mudar no nosso cotidiano quando o futuro chegar? Da forma como organizamos a nossa rotina à maneira como as cidades são planejadas, tudo pode ser radicalmente transformado. O site “Inc.” selecionou algumas previsões sobre o tema feitas por economistas, empreendedores e jornalistas.
1. Os carros serão as cafeterias do futuro
Segundo Ben Schiller, colunista da “Fast Company“, em vez de ser apenas um meio para ir de um lugar a outro, o carro se tornará também um espaço para socializar. O texto comenta um estudo de 2014 da agência Sparks & Honey, que traça tendências para as próximas décadas. “As crianças também poderão utilizar as janelas para aprender sobre o mundo que se passa lá fora, uma vez que elas estejam equipadas com tecnologia de realidade aumentada.”
2. Dirigir se tornará um hobby
“A direção manual será como ouvir um disco de vinil”, disse Chris Dixon, sócio da investidora Andreessen Horowitz, ao “Business Insider“. “Será cool, um hobby, algo retrô que as pessoas acham legal.” Isso irá acontecer, é claro, se o próximo item desta lista não se confirmar.
3. Humanos serão banidos da direção
Uma vez que os carros autônomos se mostrem menos passíveis a erros e acidentes que os veículos normais, os motoristas humanos tendem a ser proibidos de assumir a direção. A visão apocalíptica é de Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX. “As pessoas vão perceber que é muito perigoso”, disse o empreendedor no ano passado. “Não dá para colocar uma pessoa pilotando uma arma de duas tonelas.”
4. Adeus taxas e cartões de zona azul
A infraestrutura financeira que regula o transporte atual também será transformada. É o que acredita Robin Chase, fundadora da startup de compartilhamento de veículos Zipcar. “Podemos nos despedir de receitas com estacionamento, carteiras de motorista e multas de trânsito”, escreveu a empreendedora no site “Backchannel“. Para ela, as receitas com peças mecânicas, registros veiculares e inspeções serão reduzidas drasticamente, já que a tendência será de menos carros nas ruas uma vez que as pessoas irão dividir as viagens com mais pessoas.
5. A vida vai melhorar para quem mora longe do trabalho
O trânsito e a distância são obstáculos perversos que atormentam a vida de quem mora longe do trabalho. Com os carros autônomos, esse período do dia que hoje é totalmente desperdiçado poderá ser aproveitado para estudar, ver TV, ler ou se preparar para as tarefas do dia, como prevê o economista Tyler Cohen em texto para a Bloomberg.
6. Você terá menos desculpas para chegar atrasado
7. As pessoas vão tentar hackear os carros autônomos
Nesnow também acredita que “o hackeamento de veículos será um problema sério”. Para ele, há a real possibilidade de que pessoas mal intencionadas queiram invadir os sistemas dos automóveis e, por exemplo, desabilitar o freio. Elon Musk garante que as pessoas atualmente desenvolvendo essa tecnologia já estão conscientes disso e têm igual preocupação em criar mecanismos eficientes de segurança.
8. Espaço, muito mais espaço
Para desempenhar suas funções, automóveis inteligentes precisarão de muito menos espaço para estacionar, garagens amplas para manobras serão dispensáveis e até as estradas e autoestradas serão menores. Essa é a previsão da consultoria McKinsey publicado no ano passado. “Até 2050, é possível que precisemos de 75% de espaço a menos para os nossos carros”, disse o site “Wired“. “Isso siginifica 5,7 bilhões de metros quadrados, o equivalente a todo o Grand Canyon.”
9. O som dos carros será outro
Os carros elétricos não precisam fazer barulho, mas o governo americano determinou que ele seja obrigatório para que as pessoas possam escutá-los se aproximando. Designer de áudio, Connor Moore garante que o som não será nada parecido com o dos motores tradicionais. “Lembre dos antigos toques de celular e como eles se tornaram arranjos harmônicos digitais mais atraentes”, afirmou à revista The California Sunday. “Os carros do futuro passarão pelo mesmo processo e poderão criar suas próprias identidades: poderemos identificar se o veículo que se aproxima é um Nissan, um Uber, um Google, um Apple ou um Microsoft.”
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Da Redação Revista PEGN