As patinetes elétricas compartilhadas começam a desembarcar em São Paulo

Ride e Scoo são empresas voltadas especificamente para o setor. A terceira é a Yellow, de dois fundadores da 99, que oferece bicicletas sem que seja necessário devolvê-las em estações, como acontece com o Bike Sampa e o CicloSampa, patrocinados por Itaú e Bradesco Seguros, respectivamente.

Os serviços pioneiros provavelmente enfrentarão um vácuo de regulamentação. Ouvida pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo “diz não ter previsão para regulamentar a atividade”. As leis de trânsito permitem que patinetes elétricos rodem em ciclovias ou calçadas, com velocidades máximas de 20 km/h e 6 km/h, respectivamente.

Scoo e Ride se basearam na Resolução 465 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece a equiparação entre os veículos ciclo-elétricos e ciclomotores, e os equipamentos obrigatórios para condução nas vias públicas abertas.

Nos EUA, o serviço já é oferecido por empresas como Bird e Lime. A primeira já é um “unicórnio”, nome dado às startups que atingem US$ 1 bilhão em valor de mercado. Já a Lime recebeu um aporte de US$ 335 milhões do Uber.

Lá, houve ainda outro tipo de problema: os patinetes começaram a se acumular em calçadas. A questão se tornou tão séria que a prefeitura de San Francisco, na Califórnia, mandou recolher todos os veículos em junho.

Além disso, há questões sobre a viabilidade econômica do negócio. Alugar patinetes elétricos pode não ser tão simples quanto alugar bicicletas, pois há outros custos envolvidos, como recarregar as baterias dos veículos. E o preço precisa ser competitivo para atrair quem hoje usa ônibus, metrô, bike, aplicativos de transporte ou simplesmente anda a pé.

a Prefeitura de São Paulo “diz não ter previsão para regulamentar a atividade”. Foto: Lime / Divulgação.

Na tabela de preços do app da Yellow, o serviço (com um “em breve” de aviso) custa R$ 8 para desbloquear mais R$ 2 a cada 30 minutos de uso. Segundo o G1, na Scoo, há uma cobrança de R$ 1 para destravar mais R$0,25 por minutos de uso — ela começou a operar neste sábado e não vai cobrar até o dia 31; quem quiser testar o serviço pode se cadastrar. Já a Ride, que promete começar a operar no mês que vem, cobrará R$ 2,50 para destravar e R$ 0,50 por minuto. É o preço que se paga para não ter o esforço de pedalar ou andar.

Ecológicos, os modelos são elétricos, silenciosos, movidos à eletricidade, alcançam 20 km/h e pesam pouco mais de 10 kg. As zonas Sul e Oeste foram escolhidas por conta da estrutura cicloviária melhor definida, pelo fluxo de pessoas, pela geografia das regiões e pelo público das áreas, mais abertos à cultura alternativa de mobilidade, de acordo com as empresas.

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Por Giovanni Santa Rosa no GizmodoFontes: EstadãoG1 e Techcrunch (Inglês).

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