Ciclovias dão ao Rio de Janeiro novas vistas para o mar

Com mais de 200 km de litoral amplamente conhecido e frequentado, o Rio dará a seus pedestres e ciclistas algo que parecia improvável: duas novas vistas para o mar.
 
Novos ângulos da baía de Guanabara, no centro, e do mar de São Conrado, na zona sul, poderão ser vistos a partir da inauguração de duas ciclovias cuja conclusão está prevista para este semestre.
 
Neste domingo (3), a prefeitura inaugurou um trecho da chamada “Orla Conde”, na zona portuária, que ligará a praça 15 à nova praça Mauá, na área onde antes passava o antigo elevado da Perimetral, demolido para dar lugar a um grande passeio público no centro do Rio.
 
A pista, que será dividida por ciclistas e pedestres, não está completa, mas um trecho de 600 metros será aberto ao público, que poderá ver o Museu do Amanhã, inaugurado neste ano, e também a chamada Ilha das Cobras, que abrigou a primeira fortaleza da Marinha no Rio.
 
Hoje, a ilha só pode ser acessada por uma ponte de uso exclusivo dos militares. Abriga, entre outras instalações, o comando-geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
 
Um deque de madeira sob a ponte, construído para que o público não tenha acesso à área restrita, traz uma vista praticamente inédita da baía, com as instalações militares – é possível ver o periscópio de um submarino- e a ponte RioNiterói ao fundo. A área integra o projeto de revitalização da zona portuária do Rio.


Trecho de ciclovia no Joá, na barra da Tijuca. Foto: Ricardo Borges.
 
A ciclovia, diferentemente das demais na cidade, terá sinalização sutil em vez da característica cor vermelha. A expectativa da prefeitura é que toda a região, inclusive a pista, fique pronta até o final deste semestre. 

 
No mesmo prazo deve ser concluída a chamada ciclovia do Joá, em construção ao lado do elevado rodoviário de mesmo nome que liga São Conrado à Barra da Tijuca e é o principal elo entre as zonas sul e oeste. 
 
Ao custo de R$ 11 milhões, uma ciclovia suspensa está sendo erguida ao lado da pista de carros. Até então, só se podia ver o mar quando se passava motorizado pela via de alta velocidade. Apesar do visual deslumbrante, especialistas ponderam que a travessia de cerca de 3 km exigirá cuidados. 
 
“É um trecho relativamente longo e ermo. A pessoa precisa ter um certo planejamento para a viagem. É preciso que se tenha uma ferramenta, que se saiba fazer um reparo básico na bicicleta em caso de imprevisto”, diz Gustavo Alecrim, integrante da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio. Há quatro “áreas de escape” na ciclovia do Joá, nas quais o usuário poderá deixar a pista em caso de emergência. Ciclistas destacam a necessidade de haver também um monitoramento do trajeto, seja por câmeras ou por guardas municipais, para aumentar a segurança. 

 
Isso porque um outro trecho de ciclovia próximo a do Joá -a que funciona ao lado da avenida Niemeyer, ligando São Conrado ao Leblon- teve relatos de assaltos poucos dias depois da inauguração, em janeiro deste ano.

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Caderno Cotidiano da Folha de S.Paulo do Rio de Janeiro.

 

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