Começa a 5ª Mostra Ecofalante de Cinema ambiental, com exibição de ótimos filmes e debates imperdíveis!


Mudanças climáticas, recursos naturais, consumo, cidades, economia, povos e lugares são os temas da edição 2016 da 
Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, que será realizada de 15 a 29 de junho, na capital paulista.

São produções recentes de diversas partes do mundo, com destaque para produções contemporâneas e inéditas no Brasil, e também da África do Sul, Bélgica, do Canadá, da China, Alemanha, Turquia, EUA, França, Grécia, Itália, Israel, Índia, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido, Quirguistão, entre outros países.

O novo longa metragem de Luc Jacquet, O Céu e a Geleira, é um dos destaques.  Foi ele quem dirigiu A Marcha dos Pinguins, que encerrou o Festival de Cannes em 2015 e aborda a atuação do glaciologista francês Claude Lorius, cuja pesquisa com o gelo da Antártica ajudou a provar que o aquecimento global vem sendo provocado pela ação humana.

Isso Muda Tudo, uma coprodução Estados Unidos/Grã-Bretanha baseada no livro da jornalista, escritora e ativista canadense Naomi Klein, tem seu marido Avi Lewis na direção e como produtor executivo o mexicano Alfonso Cuarón (de Gravidade) e também é aguardado. Filmado em nove países e cinco continentes ao longo de quatro anos, o filme procura re-imaginar o grande desafio das alterações climáticas.

Produções de Louis Malle, Robert Bresson, Jean Epstein, Jean Painvelé, Jacques Tati, Jean Rouch, Yves-Jacques Cousteau também estarão presentes ao evento, mas dentro do programa Panorama Histórico, inteiramente dedicado a produções francesas. O Salário do Medo (1953), de Henri-Georges Clouzot, e Rien Que Les Heures (1926), de Alberto Cavalcanti, são alguns dos clássicos programados.

A exibição dos filmes selecionados será realizada em seis salas especiais do circuito paulistano: Caixa Belas Artes, Reserva Cultural, Cinemateca Brasileira, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Matilha Cultural. Toda a programação é gratuita e ainda contará com uma série de debates entre especialistas, diretores e convidados.

Também serão promovidas sessões na Biblioteca Mário de Andrade, em Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura de São Paulo, unidades das Fábricas de Cultura, faculdades, colégios e em Escolas Técnicas Estaduais (ETECs), estendendo a programação para um público novo, que não tem acesso ou ainda não se interessa por esses temas, e que mora em diferentes regiões da cidade de São Paulo.

“O público da Mostra vem crescendo em quantidade e diversidade. Já atingimos desde março mais de 14 mil pessoas. Somos a maior mostra de cinema ambiental do Brasil em público. As sessões cobrem uma área de 550 km² em São Paulo e na Região Metropolitana, numa abrangência geográfica mais ampla que nos anos anteriores”, conta Chico Guariba, diretor e idealizador da Mostra Ecofalante. “Levar cinema de qualidade e promover a reflexão e o debate sobre questões socioambientais para todo esse público é a vocação da Mostra. E esse crescimento demonstra que estamos no caminho certo, que há uma demanda por esses temas”. E completa: “São trabalhos de diversas partes do mundo que compõem um mosaico dos problemas e das soluções encontrados pelo ser humano, um retrato da relação da humanidade com o planeta e, consequentemente, consigo mesma”.

Os programas da Mostra

Este ano, a Ecofalante apresenta sete programas diferenciados:

  1. Mostra Contemporânea Internacional,
  2. Panorama Histórico,
  3. Competição Latino-Americana,
  4. Homenagem,
  5. Circuito Universitário,
  6. Mostra Escola e
  7. Curta Ecofalante.

Mostra Contemporanea Internacional

Nela serão exibidos 38 filmes de diversas nacionalidades sobre seis temas: cidades, consumo, economia, mudanças climáticas, recursos naturais e povos & lugares. São produções recentes, que raramente entram em circuito nas salas de cinema. Na programação estão:
– O Mercado da Dúvida e Doce Mentira, filmes que evidenciam como os negacionistas do clima e a indústria do açúcar se apropriaram de estratégias usadas pela indústria do tabaco para gerar dúvida sobre a veracidade dos estudos científicos em suas respectivas áreas;
– O Verdadeiro Preço, que aborda a cadeia produtiva envolvida em torno do fast fashion, apontando oscustos humanos e ambientais;
– Não Posso Te Dar Minha Floresta e Para Onde Foram as Andorinhas, sobre a situação dos povos originais afetados por dramas ambientais;
– A Experiência Cecosesola, sobre um bem sucedido experimento de economia solidária na Venezuela; e
– Negócio Sujo, sobre relações comerciais entre Israel e Palestina, entre outros.

Competição Latino-americana

Este ano teve recorde de inscrições: 255 produções, entre longas e curtas, com representantes da Venezuela, Colômbia, Bolívia, Argentina, do Equador, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador e Brasil. Os filmes percorrem múltiplos cenários da realidade latino-americana e apresentam as consequências sociais provocadas pelas mudanças climáticas, além dos danos socioambientais causados por conta do uso desenfreado dos recursos naturais e como as pessoas reagem e se organizam para lidar com tais transformações.

Homenagem

Paulo Nogueira Neto, hoje com 93 anos, considerado patrono do ambientalismo no Brasil, será o grande homenageado da mostra. Advogado, professor e pesquisador, Nogueira Neto dirigiu a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA) de 1974 a 1986, órgão do governo federal ligado à época ao Ministério do Interior, responsável então por tudo que se referia a meio ambiente no Brasil. Foi membro da Comissão Brundtland de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, que criou o conceito de Desenvolvimento Sustentável.

Circuito universitário, mostra escola e curta Ecofalante 

O Circuito Universitário e a Mostra Escola estão sendo realizados desde o início de março em diversas faculdades, escolas e instituições de ensino. A ideia é promover a reflexão e o debate a partir da experiência do cinema, convidando os estudantes para assistir aos filmes nas salas de cinema. São sessões especiais para os estudantes, seguidas de debates com professores e convidados, realizadas em universidades, faculdades, escolas, colégios, Fábricas de Cultura e ETECs. Cerca de 14 mil pessoas já assistiram a filmes da 5ª Mostra Ecofalante e participaram de debates em diversas regiões da Região Metropolitana de São Paulo. Foram mais de 70 sessões em dezenas de lugares, cobrindo uma área de 550 km².

Uma novidade do evento em 2016 é o concurso Curta Ecofalante, voltado para estudantes universitários que precisam inscrever seus trabalhos para participar. O objetivo é incentivar a produção universitária, que muitas vezes não tem espaço para ser exibida. Foram recebidos quase 40 trabalhos de diferentes faculdades, de diversos locais do país. Destes, cinco curtas-metragens foram selecionados e serão exibidos durante aMostra. O melhor trabalho, escolhido pelos curadores e também por votação do público, será premiado ao final do evento.

Realização e apoio

Realizada pela ONG Ecofalante e pelo Programa de Apoio à Cultura (ProAC), a 5ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental ainda tem correalização da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, da Spcine – Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo e da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo.

A Mostra tem apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), da Embaixada da França no Brasil, Institut Français, La Cinémathéque Française, Le Monde Diplomatique Brasil, São Paulo Turismo (SPTuris), Observatório do Clima, SOS Mata Atlântica, Greenpeace, Instituto Socioambiental (ISA), Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Akatu, Instituto de Energia e Ambiente (IEE)/USP, Governos Locais Pela Sustentabilidade (ICLEI), Matilha Cultural, Fábricas de Cultura (Poiesis e Catavento), Rede Nossa São Paulo, Conexão Planeta, Instituto Envolverde, Videocamp, Catraca Livre e Horizonte Educação e Comunicação.

Confira a programação completa da mostra no site ecofalante.org.br

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Mônica Nunes no Conexão Planeta.

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