Marcio foi o primeiro brasileiro a entrar na lista de 50 finalistas. Foto: divulgação.
Brasileiro fica entre os 50
O professor Marcio de Andrade Batista, que trabalha em escolas do ensino público de Mato Grosso, foi um dos 50 finalistas do prêmio. Engenheiro químico e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Batista orienta projetos sugeridos pelos próprios estudantes. A ideia é que os alunos desenvolvam interesse pela ciência desde o ensino básico. “Sempre tive como meta mostrar que ser cientista é tão legal quanto ser jogador de futebol ou outra profissão que os alunos admiram. Queria inserir a ciência dentro do rol de interesses dos alunos”, diz.
Com as orientações do professor, surgiram projetos como que utiliza casca da castanha de baru, típica do cerrrado da região, para fazer pisos, e a utilização de resíduo de soro de queijo para enriquecer pães e dar mais qualidade à alimentação. Uma das alunas, Bianca Valeguzki de Oliveira recebeu o prêmio Jovem Cientista pelas mãos da presidenta Dilma Rousseff.
Os outros nove finalistas:
– Maarit Rossi, Finlândia, que desenvolveu seu próprio método de ensinar matemática. A Finlândia tem alguns dos melhores resultados em matemática do mundo em provas internacionais, mas os alunos dela têm resultados ainda melhores que os padrões finlandeses.
– Aqeela Asifi chegou ao Paquistão como refugiada do Afeganistão e dá aulas para crianças refugiadas em uma escola que ela criou.
– Ayub Mohamud, professor de business do Quênia, chegou às finais com um projeto para desencorajar violência extremista e radicalização.
– Robin Chaurasiya de Mumbai, na Índia, fundou uma organização para ensinar e dar apoio a adolescentes em zonas de prostituição.
– Richard Johnson, professor de ciência de Perth, na Austrália, montou um laboratório de ciências para crianças de escola primária.
– Michael Soskil, da Pensilvânia, nos EUA, que já tinha ganhado um prêmio pela “excelência em ensinar ciências e matemática”, motiva seus alunos ao ligá-los a projetos ao redor do mundo.
– Kazuya Takahashi, do Japão, desenvolveu uma iniciativa para ensinar ciências e incentivar a cidadania global.
– Joe Fatheree, de Illinois, dos EUA, foi pioneiro em usar projetos com impressoras 3D, tecnologia de drones e usando games online como Minecraft.
– Colin Hegarty, professor de matemática de Londres que criou um site com aulas online.
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Com informações da Agência Brasil e da BBC Brasil.