Ao chegar na estação Armênia do Metro, saia e siga em direção à Rua Pedro Vicente. Caminhe por essa rua por cerca de 700 metros e se depare com um pedacinho da Bolívia em pleno bairro do Pari. Ali acontece todos os domingos das 11h às 19h a Feira Kantuta, ponto de encontro da comunidade boliviana em São Paulo, que também atrai paulistanos interessados em conhecer a cultura e a culinária de nosso vizinho andino. O blog Passeios Baratos em SP conta como é passear por lá.

O que encontrar

São diversas barracas que se espalham pela praça Kantuta e pelas ruas adjacentes, e que oferecem uma grande variedade de produtos da Bolívia, como artigos de decoração, brinquedos e ingredientes culinários. Um curiosidade é que há também diversas barracas que vendem cartões de telefone para ligações internacionais. Além disso, os tradicionais CD, DVDS e pen drives com músicas e programas de televisão bolivianos. E há também as “peluquerias”, barraquinhas onde adultos e crianças recebem cortes de cabelo no estilo de sua terra natal.

E é claro, muitos lugares para comer opções mais simples, tais como as saltenhas, as empanadas e as salchipapas (batatas fritas com salsicha) ou pratos mais completos, como o lechón (leitão assado) ou o chicharrón (porco frito servido com milho cozido).

Fomos até lá e chegamos por volta do meio-dia. O local estava bem vazio, mas por volta das duas da tarde já havia muitas pessoas circulando pela feira. Então não vale a pena chegar muito cedo. Nesse dia, aconteceu o lançamento do Projeto Casa Latina, que promove ações artísticas e intervenções urbanas na Praça Kantuta. Também vimos uma apresentação de dança e música típicas da Bolívia o que é comum por lá.

Feira típica da Bolívia acontece há 15 anos em São Paulo e tem muitas atrações além da comida. Foto: Divulgação.

O que comer

A maioria das barraquinhas de comida oferece os mesmos tipos de pratos. Desta vez paramos na “Barraca Dona Arminda”. Quem nos atendeu foi o Félix, um rapaz que nos explicou pacientemente cada um deles e a maioria tendo carne como ingrediente. Um dos nossos acompanhantes – não carnívoro – foi brindado então, com um prato especial acompanhado de uma salada extra bem caprichada em prato separado. O atendimento nessa barraca – assim como em outras que visitamos – foi muito simpático e atencioso!

Quase todos os pratos são servidos com milho branco grandão e acompanhado de diferentes tipos de batata, como a batata branca e a batata preta, além daquela nossa amarela tradicional. É um hábito tradicional da culinária boliviana. O charquekan, também provado, tem aquelas batatas diferentes, milho, queijo e carne seca desfiada bem crocante e fininha.

Os pratos nessa barraca custavam entre R$12 e R$15. Um ótimo preço pela qualidade e quantidade servidas e, para quem não come muito é possível, com certeza, a divisão entre duas pessoas. No mais, foi curioso e saboroso comer o milho e as batatas diferentes. Depois do almoço, recomendamos um mocochinche, suco de pêssego com canela, bem gostoso e que custou R$2.

Comidas típicas como as tradicionais empanadas salteñas são populares na feira. Foto: Paulinho de Jesus.

Onde fica

A estação Armênia fica na Linha Azul do Metrô, na região central de São Paulo. Ao lado da estação, há um terminal metropolitano de ônibus com linhas para cidades da grande São Paulo, como Osasco, Guarulhos e Mogi das Cruzes.

Use a saída da estação que dá acesso à rua Pedro Vicente, e caminhe por ela até chegar à praça. Não há como errar. Se você estiver indo de ônibus pela Avenida Cruzeiro do Sul, a praça está bem pertinho, basta entrar à direita (no sentido bairro) na Pedro Vicente.

Recomendamos levar dinheiro, pois essa é a única forma de pagamento aceita na maioria das barracas. A feira acontece todos os domingos das 11 às 19h.