O antigo Campo do Arouche virou Largo em 1913, devido a história, beleza e importância para o comércio, a gastronomia e a vida no centro da cidade. A região foi tombada pelo Patrimônio Histórico, mas se degradou pelo tempo e pela falta de cuidado.
Para tornar realidade projetos de reforma que se arrastavam há anos, a Prefeitura fez parceria com a Fundação Viva o Centro, que administra a obra, e com a Câmara de Comércio França Brasil, que arrecadou patrocínio de R$ 2,3 milhões dos R$ 3 milhões necessários para a totalidade da obra.
As obras de revitalização começaram em maio. O projeto previa a pavimentação e o nivelamento do piso e também a instalação de novos bancos, bebedouros e papeleiras, além de mais postes de iluminação, quiosques e até uma horta.
Mas a mudança radical na região preocupou o Ministério Público, que conseguiu paralisar a obra alegando que haveria uma descaracterização do local. Em julho, a Justiça mandou paralisar a obra.
Agora, porém, uma nova decisão liberou a reforma porque alguns pontos do projeto foram alterados e não há mais riscos de descaracterização ou danos ambientais e urbanísticos.
Saíram da proposta os quiosques, a construção de arquibancadas e lajes de concreto sobre canteiros e equipamentos desportivos, assim como a horta. Foram mantidos as guias de granito e os postes de iluminação da década de 1920.
A reforma do mercado de flores e a troca de piso em cinco das sete quadras do largo do Arouche ficaram para um momento futuro.
Segundo o promotor de Justiça Ivandil Dantas da Silva, as alterações feitas no projeto pela Prefeitura atendem ao pedido do MP.
“Essas alterações atendem ao pedido inicial do MP, que é a manutenção inicial da arquitetura, preservação do verde, permeabilidade, algumas mudanças que ocorrerão não afetarão o patrimônio do local, que é tão importante para São Paulo”, disse o promotor.
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Fonte: G1, SP. Edição: São Paulo São.