Natura Musical inaugura plataforma de arte digital ‘NA FAIXA’ para promover integração com temas da cidade

A mostra é a abertura do projeto que irá utilizar a fachada de LED da Casa como uma plataforma de arte digital, o NA FAIXA. A exposição estará ativada de terça a domingo, das 18h às 22h, até o dia 20 de dezembro.

O painel se insere como mais uma das iniciativas da Casa Natura Musical para tornar o espaço um equipamento cultural disponível para o público na cidade. Além da programação pulsante, diversa e antenada de shows, a Casa também abre as portas para festivais de arte, eventos literários e de muitos outros segmentos culturais, sociais e artísticos.

Segundo Suyanne Keidel, diretora executiva da Casa Natura Musical, o NA FAIXA atua como um canal de propagação cultural a céu aberto que, além de possibilitar uma maior integração da Casa com a cidade, busca dar visibilidade a questões urgentes, usando linguagem visual urbana intermediada por ferramentas digitais. O título do projeto se justifica por ser uma exposição gratuita e por sua exibição ocorrer numa faixa de 8,96m de comprimento por 1,92m de altura localizada na fachada da Casa.

A mostra Mídias Afetivas estabelece diálogo com um dos principais objetivos da Casa, que é proporcionar experiências e conteúdos engajadores, convidando os públicos a refletirem sobre discussões presentes nos dias atuais. Assim como essa mostra, as demais que passarem pelo NA FAIXA vão abordar temáticas sociais e culturais relevantes na atualidade.

As obras

Transtópico II, de Letícia RMS

Embora problemas como acessibilidade, segurança pública e mobilidade atinjam a todos, as mulheres são atingidas de modo mais intenso. A lógica do planejamento urbano além de não contemplar a perspectiva feminina, abre espaço para opressões de gênero, raça e classe, dificultando ainda mais a mobilidade e o direito à cidade. Silêncios e ausências continuam se repetindo, e a história das mulheres que atuaram na formação da cidade parece estar cada vez mais apagada, enquanto as políticas públicas continuam sendo pensadas na perspectiva masculina e fálica. Através de uma abordagem lúdica, Transtópico II discorre sobre um planejamento urbano utópico, onde questões de gênero e a perspectiva das mulheres são consideradas, garantindo a construção de cidades equitativas e seguras, criando trajetos visuais que se integram a lógica da metrópole, impedindo pelo menos no mundo fictício que o medo da violência e o assédio afaste as mulheres das práticas urbanas e impeça seu direito de ir e vir, garantindo nesse cenário lúdico a efetivação do direito à cidade.

DES/grafias, Coletivo Coletores

Escrever sem acasos as palavras apagadas, imprevistas. DES/grafias, de ontem e de agora, colocadas lado a lado para resistir. A obra sintetiza uma DESconstrução do discurso imagético social para criar uma nova forma de construir a nossa história. A partir de uma série de desenhos, grafias e símbolos recolhidos da memória urbana o Coletivo Coletores recria espaços de fala submersos, apagados, removidos, desterrados da cidade. Um olhar sobre as extremidades da geografia onde a linha não chega. Existimos antes das palavras e são elas que existem depois de nós, gravadas nos nomes, nas histórias, nos contos, nos muros, nas ruas, na memória.

Oscar Nunes. Foto: Divulgação.

Piscininha Amor, de Oscar Nunes

Com título inspirado por um dos um dos hits do verão 2019 – canção homônima do músico baiano Whadi Gama – a obra Piscininha Amor foi pensada especialmente para a tela de LED da plataforma NA FAIXA. Voltada para a rua, retrata a diversidade de corpos, gordos, confortavelmente deitados sob o sol, curtindo um verão despretensioso. Ocupar o espaço público com corpos que fogem do padrão estético normalmente retratado (e exaltado) pelas diferentes mídias é de extrema importância em tempos que, apesar de uma recente construção de sentimento de tolerância e aceitação com o discurso do Movimento Body Positive, cada vez mais também se reproduz o ideal corporal “instagram” de ser.

Acho que já nos conhecemos antes, Gozma

Em Acho que já nos conhecemos antes, Gozma ilustra relações amorosas LGBTQI+ de forma mais leve, positiva e amorosa, retratando personagens de gêneros não identificáveis. A obra representa o bonito aprendizado por meio dos corpos passageiros com os quais nos relacionamos durante nossa vida.

Os artistas

Leticia RMS. Foto: Divulgação.

Leticia RMS é artista visual e designer industrial. Sua temática aborda questões como as diferentes formas de visibilidade das mulheres na sociedade, direito à cidade e resgate da memória cultural através da arte digital.

O Coletivo Coletores, formado em 2008, no bairro de São Matheus,  Zona Leste de São Paulo pelos artistas Toni William e Flávio Camargo

Oscar Nunes é formado em Design pela Universidade de São Paulo (FAU- USP), com intercâmbio na Köln International School of Design, na Alemanha. 

Serviço

Exposição Mídias Afetivas
De 3 de setembro a 20 de dezembro.
Casa Natura Musical
Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo, tel: (011) 3031-4143
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show.
Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.

https://www.facebook.com/CasaNaturaMusical
https://www.instagram.com/casanaturamusical/
www.twitter.com/casanaturamus
https://casanaturamusical.com.br/

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Com informações da Teto Cultural.

 

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