Saladorama, a startup que aposta em alimentação saudável e acessível

Na maioria dos casos, as doenças têm origem em maus hábitos alimentares, obesidade e falta de atividade física. Em longo prazo, os males podem levar a problemas mais graves, como AVC, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

Por outro lado, uma alimentação perfeitamente saudável é vista muitas vezes como uma prática que custa muito tempo e dinheiro, inacessível para a população carente — onde os maus hábitos alimentares são mais presentes. Segundo dados do Ministério da Saúde referentes ao ano de 2014, 52,5% da população brasileira está acima do peso ideal.

Para enfrentar esse quadro, é necessário que as práticas de alimentação saudável alcancem todos os estratos sociais. Essa é a missão da startup Saladorama, criada em 2015 e que já tem impacto nas vidas de 200 mil pessoas. Segundo Hamilton Henrique, fundador da empresa, a ideia de negócio surgiu a partir de uma demanda de falta de acesso à alimentação saudável para comunidade.

“Sou morador de São Gonçalo no Rio de janeiro e tive a oportunidade de trabalhar na zona sul, quando comecei a trabalhar por la percebi a diferença clara no prato da galera”, conta.

“No início estranhei, até porque não tinha o hábito de comer alimentos saudáveis. Depois vi os benefícios para a saúde e me perguntei porque esse tipo de comida é tão cara e porque não tinha na minha comunidade. Então decidi democratizar o acesso valorizando os agricultores, cozinheiras e entregadores da minha comunidade”, conta Hamilton.

Hoje, a empresa atua em cinco cidades — Recife, Sorocaba, Florianópolis, São Luís e Rio de Janeiro — e deve chegar a outras seis até o final do ano. Em janeiro de 2015, ainda em fase embrionária, a Saladorama contou com a aceleração da Yunnus Brasil e hoje conta com planos para expansão fora do país. “Estamos com a nossa primeira expansão internacional e aumentando nossas ações em comunidades, focando mais no desenvolvimento comunitário. Estamos com uma missão em Angola com a capacitação em melhoria alimentar em escolas para a primeira infância”, relata o empresário.

A Saladorama atua por meio da capacitação de agentes comunitários. Até o momento, foram capacitadas 80 adolescentes de diversas comunidades, além da formação de 200 mulheres e doação de 100 toneladas de comida saudável para as comunidades.
Em Recife, Edilene Maria de Oliveira participou da capacitação para aprender o manejo com saladas, tanto no preparo como na conservação desses alimentos. Foto: Mariana Fabrício / DP.Crowdfunding

O último projeto da Saladorama consiste na capacitação de 70 mulheres negras, gays e trans de comunidades do Rio de Janeiro e da Região Nordeste do Brasil. “A ideia é gerar uma formação profissional para gerar opções para esse público. Elas podem abrir um Saladorama, abrir seu próprio negócio, trabalhar em algum lugar ou simplesmente melhorar a alimentação da própria família”, explica Hamilton. Para viabilizar o projeto, a equipe abriu uma campanha de financiamento coletivo com a meta de atingir R$ 25 mil.

Assista “Saladorama – Democratize access to healthy food in Brazil“.

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Fonte: Redação Administradores.

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