Você sabia que pode encontrar sua bicicleta roubada?

O fotógrafo Pedro Cury, de 35 anos, é responsável pelo site Pedal – um grande portal para ciclistas que existe desde 1997. O carioca contou para a Trip que sempre recebeu diversos relatos de bicicletas roubadas pelo site e, por isso, resolveu criar um espaço independente na internet para atender a essas denúncias. É o Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas, que, desde 2009, já acumula cerca de 2700 anúncios de bikers procurando suas magrelas.

“Era um problema que eu mesmo passava. Tinha medo estacionar em qualquer lugar quando ia para a faculdade, por exemplo. Achei boa a ideia de criar o cadastro”, diz. O fotógrafo responsável pelo projeto nunca teve uma bike roubada, mas alerta que a função do site não é apenas encontrar as bicicletas. Todo cadastro serve para mapear os lugares mais frequentes onde os roubos acontecem, levantar estatísticas e ouvir o relato do ciclista para saber como o ladrão está agindo. Além disso, fica mais fácil de saber se ao comprar uma bike usada, ela é roubada ou não.

Pedro chama a atenção para o fato de que os ciclistas, mas não só eles, não têm o costume de fazer B.O. “A gente recomenda fortemente que o façam, mas existe uma resistência por parte do brasileiro por achar o processo burocrático. Realmente era, mas hoje existe como fazer isso pela internet. O B.O. é importante porque dá números oficiais e assim é possível cobrar as autoridades. Fora que, se a sua bike for apreendida, você pode provar que realmente é sua”, diz.

No site existe o campo estatísticas. Lá, é interessante observar o ranking de roubos por cidade e por estado. Hoje quem lidera o topo são as duas principais cidades da região sudesde do Brasil; São Paulo e Rio de Janeiro. Pela primeira vez São Paulo passou de segundo lugar para o primeiro. Pedro acredita que a popularização das ciclovias faz com que aumente o número de ocorrências: “as ciclovias são os lugares em que mais roubos acontecem. Para mim, a bicicleta é o novo celular. Por estar cada vez mais popular, mais é alvo de roubos”.

Não é necessário ter fotos e nem o número de série do modelo roubado para poder cadastrá-lo no site. Porém, o fotógrafo alerta para o fato de que nem ciclistas e nem policiais sabem que bicicletas têm número de série. “Nós não temos o costume de guardar nota fiscal e lá vem escrito esse número. Saber que existe facilitaria todos nós”. Para ele, conseguir acompanhar esses números já tem ajudado na prevenção e recuperação dos roubos.

Camila Eiroa na Revista Trip.

 

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