“É mais importante fazer a concessão do que a venda do patrimônio público. Você não sabe do que a cidade vai precisar daqui a 30 anos. Então você reserva a terra para uma possível nova utilização”, explicou o prefeito Fernando Hadddad, no último dia 15.
O novo espaço deverá ter capacidade para 20 mil pessoas e infraestrutura interna que permita múltiplas configurações de uso, como explica o presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), Alcino Rocha.
“Este será um equipamento singular na cidade. Não há outro desse porte, de padrão internacional e tão versátil, com condições de abrigar tanto megaeventos esportivos e de entretenimento como também de ser um moderno centro de convenções. Esta é uma grande conquista para a SPTuris e para o Anhembi, mas, sobretudo, é um presente para São Paulo”, afirmou Rocha.
Sugestão de projeto arquitetônico da futura Arena Anhembi. Imagem: T4F Entretenimento.
O chamamento público para receber projetos de empresas interessadas em construir a arena foi lançado em janeiro de 2015 pela São Paulo Turismo. A ideia surgiu do setor privado, que manifestou interesse em construir uma arena coberta e de padrão internacional para realização de eventos em uma área interna do Anhembi.
Em julho, a SPTuris recebeu, no total, seis estudos preliminares de empresas interessadas, sendo que um foi desconsiderado por não cumprir as determinações do chamamento. A Comissão Especial destinada a avaliar as propostas analisou todos os projetos e realizou rodadas de esclarecimentos com os proponentes, grupos compostos por empresas multinacionais do mercado, incluindo operadores de arena e promotores de eventos.
A partir daí, em razão da grande relevância dos estudos apresentados e da própria experiência transmitida pelos proponentes ao longo das sessões de esclarecimento, foi elaborada a minuta de edital que agora segue para consulta pública. Não foi selecionado um estudo específico. A solução final indicada no edital (inclusive o caderno de encargos para construção e operação da arena) foi extraída com contribuição de todos os estudos, os quais, em linhas gerais, estão condizentes com os critérios adotados para a arena.
De acordo com a proposta do edital, a ideia é que a modalidade de licitação seja de maior valor de outorga mensal, isto é, será declarado vencedor o interessado que propuser o maior valor, obedecendo todos os termos do edital.
Sugestão de projeto arquitetônico da futura Arena Anhembi. Imagem: W Torre.
O edital definitivo para licitação deverá ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano, e o prazo para a nova arena começar a operar será de até três anos, a partir da assinatura do contrato.
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