Agir agora, amanhã e sempre com visão humanitária e pacífica

No mundo do trabalho, por exemplo, ninguém é insubstituível. Contudo, nos demais espaços do viver, o indivíduo é único e deveria ser imprescindível desde o momento em que nasce, e exercer as suas particularidades de forma autêntica durante a sua existência, a fim de contribuir para a construção do bem comum.

Quando transferimos essa visão utópica e filosófica para o campo social sob as regras de mercado, cada um de nós recebe identificações, como cor, classe social, naturalidade, sexo, dentre outras, as quais nos transformam em cidadãos de primeira, de segunda e de terceira categoria, dependendo do quanto você poderá consumir e gerar de lucro para o sistema econômico que qualifica e controla a nós todos.

Apesar da nossa capacidade de raciocinar, pensar, fazer escolhas e discernir, ainda não desenvolvemos modelos de convivências os quais nos permitam respeitar pluralidades, e garantir aos cidadãos de distintos perfis condições de vida digna.

Esses desafios, com variações mais ou menos complexas, estão presentes no mundo inteiro e, a meu ver, o ponto central diz respeito à criação de consciências individuais e coletivas, e a colocar em prática ações que gerem benefícios e proporcionem o bem estar das pessoas.

Em tempos de crise, de intolerância, de ódio, e de agressões como o que estamos vivendo, é melhor escolher e agir com o coração do que buscar no fígado as respostas para os problemas que nos afetam. No Brasil, essa situação é resultado de mais de 500 anos de decisões que privilegiaram alguns em detrimento de milhões.

Esse modelo concentrador não se sustenta, e a busca por distribuição de riquezas passa, necessariamente, pela capacidade de nos reconhecermos a todos como cidadãos de valor nessa nação que dispõe de recursos suficientes para universalizar o bem comum, e agir agora, amanhã e sempre com visão humanitária e pacífica. Por aqui, fico. Até a próxima.

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Leno F. Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Escreve às terças-feiras no São Paulo São.

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