Fruto da parceria entre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP e a Penitenciária Feminina da Capital, o projeto do Coral USP dirigido por Carmina Juarez, reúne reeducandas de diferentes nacionalidades para interpretar canções Zulu, americana e brasileira.
Na capela adaptada para sala de espetáculo, as trinta cantoras tiveram a oportunidade de mostrar seus talentos em vozes, coros e danças.
Com um repertório eclético tanto quanto as histórias de vida de cada uma, por cerca de 1h30 a plateia – composta por amigos, familiares e funcionários -, teve a possibilidade de apreciar as belezas das interpretações.
Com o microfone nas mãos e as vozes conectadas diretamente aos corações, as reeducandas, enquanto cantavam e dançavam, exercitavam ser livres, mesmo vivendo em um regime prisional fechado.
Tomei contato com esse projeto desde o início, e sei do profundo respeito e da confiança estabelecidos entre todos os participantes nesses dois anos de vivências e de relacionamentos vida a vida, sem qualquer tipo de julgamento, utilizando a música e a dança como mecanismos para acessar e fazer aflorar as humanidades de cada pessoa.
Que bom que um documentário está sendo produzido. Assim a riqueza dessa vivência poderá alcançar outros ares e levar as vozes dessas mulheres para distintos espaços e, quiçá, para o mundo inteiro. Por aqui, fico. Até a próxima.
Voz Própria
Reeducandas, Trinta Mulheres – Cantoras.
Piano e violão: Thomas Muciacito.
Percussão: Claudio Martins.
Cenogrofia: Juliana Rizzo e Carmina Juarez.
Figurino: Juliana Rizzo.
Produção: Lu Gallo.
Direção geral: Carmina Juarez.
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