Cidade inglesa terá 80% da energia elétrica gerada por restos de comida

Uma nova usina que está sendo construída usa o processo de digestão anaeróbica (sem ar). Nesse sistema, o lixo orgânico –biomassa– é quebrado por bactérias e produz metano. O metano é captado e queimado para gerar energia.

O resíduo do processo é extraído e vira um fertilizante para agricultura, o digestate, diferente do composto orgânico resultante da compostagem aeróbica (com ar). Além de evitar o aterramento dos resíduos orgânicos, o que consome terreno e polui o ambiente, o processo todo gera recursos, reduz a pegada de carbono e promete economizar verbas em várias linhas do orçamento municipal.

A digestão anaeróbica vem sendo usada na geração de energia desde o fim do século 19 no Reino Unido, quando o esgoto doméstico processado começou a alimentar a iluminação pública em algumas cidades. Hoje, há cerca de cem usinas que usam o processo no país. E 66% das centrais de tratamento de água usam também o sistema para depurar a água servida.

O que está sendo considerado promissor na usina de Keynsham é o modelo que une tratamento, geração e distribuição local, com potencial para servir individualmente cidades de variados portes, segundo reportagem publicada no site CityLab.

Com o tratamento local dos resíduos orgânicos, se evita o transporte para grandes centrais. Com a distribuição local de energia, há menos custos na transmissão e armazenamento, o que evita investimento em infraestrutura física e deve resultar em queda no custo final para o consumidor. 

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Por Mara Gama em sua coluna na Folha de S.Paulo.

 

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