Como criar abundância no lugar de escassez?


“A melhor maneira de mudar o jogo é trocar a
moldura…” William Ury.

Há algum tempo tenho pensado em como seria um texto sobre abundância em tempos de escassez.

Entretanto, foi após a leitura do livro  “Como chegar ao sim com você mesmo” do William Ury que decidi encarar o desafio.

Abundância,  significa entre outras coisas, grande quantidade e profusão. Escassez, significa falta, carência e privação.

São exatamente opostas em seus significados, e interdependentes entre si, certo?

O livro de Ury trata da mediação de conflitos, especificamente conflitos internos, partindo do princípio que a melhor forma de se chegar a uma solução é o sim. O sim consigo mesmo.

O autor estabelece que a raiz de todos os conflitos é a escassez. Na base da escassez está o medo da perda. Nosso apego transforma o medo em ameaça.  Diante da ameaça, nos tornamos intolerantes.

E para contrapor essa ideia, propõe uma reflexão  a partir da pergunta feita por Einstein no início da segunda guerra:

“Somos capazes de pensar, agir e conduzir nossos relacionamentos  como se o universo fosse basicamente um lugar amistoso e como se a vida estivesse de fato do nosso lado?”

O fato é que nosso presente está marcado pelo discurso da escassez. Todos os dias somos bombardeados por notícias  sobre a falta de água, sobre a fome, sobre as mudanças climáticas, sobre a fuga em massa de populações, sobre o enriquecimento de alguns e o empobrecimento de muitos, etc.

Com efeito nos colocamos em posição de alerta. Seja porque precisamos cuidar da água para que não fiquemos com sede, seja para impedir que outros entrem em nossos territórios nos obrigando a dividir o que tememos que nos falte.

Focados na ameaça da perda, nos defendemos do lado de dentro de nossas caixinhas e assim vamos nos tornando escassos.

Focados em ganhar sempre, repetimos velhas fórmulas e propagamos o desespero.

Somos parte de um sistema. E o resultado do funcionamento desse sistema está ligado a forma como nos relacionamos com ele.

Temos a exata consciência das consequências causadas por nossas ações?

Valores como, conservação, compartilhamento, cooperação e parceria, estão na pauta para a construção de uma vida abundante.

O físico Fritjof Capra afirma que a interdependência entre os seres vivos é a responsável pela teia da vida.

O que precisaríamos fazer, ou como deveríamos agir para que nossa palavra de ordem e nosso foco fosse a abundância?

Será que a solução para nossos problemas está em nos isolarmos em nossas caixinhas nos separando dos outros?

Será que ainda faz sentido nos colocarmos no mundo apenas como observadores  fundamentados em nossas ideias, crenças e teorias, sem nos preocuparmos com nossa forma de atuação?

E você? Já parou para pensar de que forma gostaria de responder a pergunta de Einstein?

***
Adi Leite é Life & Career Coaching certificado pela sociedade brasileira do coaching, fotógrafo e jornalista. Escreve quinzenalmente no São Paulo São como colunista.

 

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