Dez previsões tecnológicas de curto prazo, segundo o Gartner

Muitos usuários esperam ver empresas, universidades e governos impulsionando essas mudanças, disse o Gartner em sua conferência anual, Gartner Symposium/ITxpo, realizada em Orlando, na Flórida, EUA. A edição brasileira do congresso acontece na esta semana, em São Paulo. 

A consultoria listou 10 tendências tecnológicas para os próximos 4 anos. 

1. Em 2020, 100 milhões de consumidores vão comprar em ambientes de realidade aumentada.

Por exemplo, quando você anda em uma mercearia, “todos os dados sobre os diferentes itens estarão flutuando no ar na frente deles”, disse Daryl Plummer, o analista do Gartner. Os atuais óculos quadrados e volumosos que usamos para ver a realidade aumentada serão mais elegantes e fáceis de usar. 

A tecnologia será usada também nas compras online. Em 2017, o Gartner espera que uma em cada cinco principais marcas de varejo globais tenha implementado recursos de Realidade Aumentada.

2. Em 2020, “as pessoas vão conversar mais com bots que com seus cônjuges”.

Em quatro anos, 30% das sessões de navegação na web serão feitas sem a necessidade de uso de uma tela. 

Em outras palavras, as pessoas vão confiar mais em assistentes virtuais como o Alexa ou a Siri, cuja compreensão da linguagem natural tem melhorado continuamente. 

Mas a dependência crescente de comunicações de voz para interagir com a internet levanta grandes questões, disse Aren Cambre, líder da equipe Web da Southern Methodist University, que participou da apresentação.

Além disso,  para que as interações por voz se tornem mainstream será preciso resolver algumas questões. “Vamos dizer que um estudante queira verificar suas notas através de Alexa. Como vamos autenticar esse aluno?” questiona Cambre. “Há algumas perguntas ainda mais difíceis e importantes a serem respondidas. 

3. Em 2019, 20% das grandes marcas deverão abandonar seus aplicativos móveis.

As empresas vão parar de usar aplicativos como o primeiro ponto de contato da marca com seus clientes, disse Plummer. Os apps não estão produzindo os resultados esperados pelas áreas de negócio, especialmente o Marketing, segundo ele. “O custo é ainda maior do que o benefício”, afirma. 

Em vez disso, as empresas vão se voltar novamente para a web móvel ou passar a usar abordagens como a dos ” Progressive Web Apps “,  promovidos pelo Google, que começam como uma simples aba no Chrome e se tornam “progressivamente mais apps” à medida em os usuários interagem e engajam com ele.  

A vantagem para o usuário é a de não ter que instalar vários apps utilizados uma única vez na vida.

“Os apps não vai desaparecer completamente, mas já “estamos ingressando na era pós-app”, disse ele.

Na opinião do Gartner, ao longo dos próximos cinco anos evoluiremos para um mundo pós-aplicativos, com agentes inteligentes fornecendo ações e interfaces dinâmicas e contextuais. Os líderes de TI devem explorar como usar equipamentos e agentes autônomos para aumentar a atividade, permitindo que as pessoas façam apenas os trabalhos que humanos podem fazer. No entanto, eles devem reconhecer que agentes e equipamentos inteligentes são um fenômeno de longo prazo, que evoluirá continuamente e expandirá seus usos nos próximos 20 anos.

4. Empresas usarão algoritmos para “alterar positivamente o comportamento de bilhões de trabalhadores globais”.

Estes sistemas irão funcionar como assistentes virtuais, mas vão usar o conhecimento comportamental e psicológico para ajudar os funcionários a tomarem decisões apropriadas. 

Isto significa que as empresas irão usar a ciência comportamental, psicológica, social e cognitiva para criar algoritmos que influenciem os funcionários realizarem melhor em seu trabalho. Um exemplo seria um programa que escuta uma chamada de atendimento ao cliente e dá sugestões ao atendente sobre como responder às perguntas de forma mais eficiente. 

5. Em 2022, haverá uma empresa de serviços Blockchain que deverá faturar US$ 10 bilhões.

Blockchain é uma tecnologia que mantém um banco de dados distribuído (ou “digital ledger” ou livro razão) para registrar transações que todos conectados na rede podem ver. Por ajudar  a aumentar a transparência e a confiança nas transações, pode levar ao desenvolvimento de grandes “ecossistemas”, ou redes de negócios que irão utilizá-lo.

O potencial de ruptura da tecnologia é grande, inclusive ameaçando os antigos intermediários que mantém modelos de negócios tradicionais baseados em garantia de confiança, como tabeliões e autoridades públicas de registro de automóveis, casamentos, propriedades, patentes, passaportes, registros médicos, entre outros.

6. Até 2021, 20% de todas as atividades de engajamento envolverão pelo menos um dos sete gigantes digitais.

Essas empresas são Google, Apple, Facebook e Amazon nos EUA, e Baidu, Alibaba e Tencent na China. Isso significa que os consumidores serão mais dependentes que nunca dos serviços dessas grandes empresas. Elas serão tão essenciais quanto as empresas de utilities.

7. Os gastos com inovação não serão baratos.

O Gartner estima que para cada dólar destinado à inovação serão gastos mais 7 dólares na execução do projeto. Por quê? Porque pode haver necessidade de uso de novas arquiteturas e tecnologias como a aprendizagem de máquina.

8. Os dados IoT levarão a um aumento de demanda por armazenamento.

A Internet das Coisas vai produzir uma grande quantidade de dados, capaz de aumentar a demanda por armazenamento em cera de 3% já em 2018. Isso porque a maioria dos dados gerados por dispositivos de IoT serão processados localmente, eliminando a necessidade de serem armazenados por um período de tempo muito longo. Os algoritmos é que irão determinar os dados que precisam ser salvos.

9. Em 2022, a Internet das Coisas vai economizar 1 trilhão de dólares por ano.

Sensores serão utilizados para serviços como prever quando a manutenção de hardware será necessária, por exemplo.

10. O uso de dispositivos de fitness irá aumentar.

Em 2020, o Gartner estima que 40 por cento dos empregados poderão reduzir os seus custos com cuidados de saúde através do uso de um desses dispositivos para monitoramento de atividades físicas.

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Da Redação CIO, com IDG News Service.

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