Festival Bananada de Goiânia convoca a Casa do Mancha para mostrar gente nova

 
Na terça-feira (8/3), o Festival Bananada anunciou uma parceria que tem tudo para ser um ponto de resgate do formato anterior do evento e que hoje não tem mais tanto espaço pela proporção e tamanho que o Bananada ganhou. Festival de grande porte, ao lado dos mais importantes do Brasil, o Bananada divulgou a parceria firmada com a Casa do Mancha. Mas peraí, o que é Casa do Mancha?
 

Casa do Mancha. Imagem: vilamada.com
 

Se você nunca ouviu falar desse lugar, da próxima vez que for a São Paulo e quiser ouvir música independente, uma parada obrigatória é a Rua Filipe de Alcaçova, em Pinheiros, colado na Vila Madalena. A Casa do Mancha tem como criador, que se identifica hilariamente como pastor de um espaço que existe para “propagar a paz e a harmonia entre as pessoas”, Mancha Leonel.

Ele saiu de Castilho (SP) em 2000 e foi para a capital paulista, onde abriu no ano de 2006 um estúdio que se tornou, no ano seguinte, um dos lugares mais intimistas e comentados da cena alternativa brasileira. A Casa do Mancha é um misto de estúdio com palco baixo, revezamento de músicos e estilos sonoros.

No ano passado, o pastor Mancha criou seu próprio festival, o Fora da Casinha, que aconteceu no Centro Cultural Rio Verde, pertinho da Casa do Mancha, em outubro.

Boa parte das bandas goianas conhece a Casa do Mancha, como Boogarins, Carne Doce, Luziluzia, Caffeine Lullabies e outras, que só tem coisas boas a comentar quando o assunto é o espaço do pastor Mancha.

A programação do 18º Festival Bananada, que acontece de 9 a 15 de maio em diversos lugares de Goiânia, e terá, nos três dias finais, residência fixa na Esplanada JK do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON). E no meio de toda a programação, a Casa do Mancha estará lá.

A proposta? Novos artistas. A ideia da Casa do Mancha no Bananada é a de preservar as características intimistas e próximas do público que o espaço paulistano tem: palco de 30 centímetros de altura, estrutura pequena e revezamento de atrações pouco conhecidas de diferentes estados do País em uma parte paralela da programação do festival.

“Esse projeto do Bananada tem a função de apontar bandas promissoras, nomes que daqui cinco anos vão estar nos palcos principais dos festivais. São apostas”, disse Mancha à assessoria do evento.

Com sete atrações confirmadas para essa versão da Casa do Mancha em Goiânia, apenas o goiano Kastelijns, nome artístico de Pedro Kastelijns, nunca tocou no espaço em São Paulo.

Sara Não Tem Nome (MG)

Entre as outras atrações estão a mineira de Contagem Sara Braga, que atende pelo nome de Sara Não Tem Nome. O Sara Não Tem Nome lançou seu primeiro disco em 2015. Ômega III tem 12 canções e é tão intimista quanto a proposta da artista, que encanta com sua proposta, praticamente inteira em cima da formação voz e violão.

Gravado no Red Bull Station, em São Paulo, o disco de Sara Não Tem Nome foi masterizado por Rob Grant, que trabalhou com bandas do calibre de Tame Impala, Pond e Death Cab for Cutie, além da brasileira BIKE, que esteve no Bananada de 2015.

Kasteljins (GO)

Pedro Kasteljins, ou apenas Kasteljins, lançou no ano passado pela LALONGE a fita k7 Raposa, com 10 músicas escolhidas entre as primeiras gravações feitas pelo músico, entre 2012 e 2013, em seu quarto. Kasteljins contou com a ajuda do guitarrista do Boogarins, Benke Ferraz, para finalizar o material e lançar.

Como são canções registradas de forma amadora pelo próprio artista, a qualidade do registro não é das melhores, mas em Raposa é possível perceber a atmosfera experimental e tranquila de faixas como a interessante Answer.

My Magical Glowing Lens (ES)

De Vitória (ES) vem a My Magical Glowing Lens. Gabriela Deptulski (guitarra, baixo, bateria e vocal), Rafael Borges (bateria) e Gil Mello (baixo) são um trio de “música psicodélica mística esquizofrênica barulhenta progressiva”, como eles se definem.

Os capixabas já lançaram o EP My Magical Glowing Lens (2013), com quatro canções, e o single Windy Streets, em março de 2015. A banda, que está nos selos Honey Bomb Records e Midsummer Madness, anunciou no Facebook que está compondo com direção do fundador dos Beach Boys, Brian Wilson, o novo trabalho, que tem o nome de Cosmos.

Vitreaux (SP)

Vitreaux é um quarteto paulistano que faz do rock e do folk com letras em português seu estilo. O grupo começou a divulgar o que será o primeiro disco, Pra Gente Poder Passear, sucessor do EP de estreia, Dois Por Dois, de 2014.

Ventre (RJ)

Larissa Conforto (bateria), Gabriel Ventura (vocal e guitarra) e Hugo Noguchi (baixo) formam o Ventre, do Rio de Janeiro. O disco Ventre (2015) tem 11 músicas, que vão da energia contagiante de Bailarina à calmaria de Aperto e um Beijo, com letras que seguem a tensão e evolução sonora das canções, que flertam com a energia do rock e o experimentalismo da MPB.

Wolfgang (SP)

Wolfgang, que no meio de 2015 estava no estúdio, é um grupo de garage rock de São Paulo. O resto você descobre no show.

FingerFingerrr (SP)

Flavio Juliano (vocal, guitarra e baixo) e Ricardo Cifas (bateria, teclados e vocais) são a paulistana FingerFingerrr, que já lançou o The Lick It EP (2012), com quatro sons, além das músicas Can’t You Hear Me Knocking e Buck You. É basicamente rock’n’roll e muito efeito nas gravações.

Outras atrações

O 18º Festival Bananada, além das atrações do Casa do Mancha no CCON, já confirmou a presença de Jorge Ben Jor (RJ), Planet Hemp (RJ), Liniker (SP), Autoramas (RJ), The Helio Sequence (EUA), Frank Jorge (RS), Felipe Cordeiro (PA), Hellbenders (GO), Carne Doce (GO), Yonatan Gat (Israel/EUA), Supercordas (RJ), Mahmed (RN), Quarto Negro (SP), Molho Negro (PA), Neguim Beats (GO), Ventre (RJ) e os DJs Renato Cohen, Mau Mau e Anderson Noise.

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Da redação do Jornal Opção de Goiânia.

 

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