Foi aberto o primeiro supermercado social de Lisboa

“A solidariedade tem que rimar com dignidade. Se isso acontecer temos um valor humano, porque as pessoas são o que mais contam”, afirmou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, defendendo que a entrega de “um saquinho de comida” com uma fila de pessoas à espera para o receberem “não é pedagogicamente aceitável hoje em dia, no século XXI”.

Neste sentido, o supermercado social visa “dar dignidade a quem recebe os apoios”, disse o autarca, referindo tratar-se de um projecto inovador na cidade de Lisboa, por “conseguir dar poder de escolha a quem é apoiado”.

No Valor Humano, aberto nesta quinta (14), os fregueses de Santo António podem encontrar “um bocadinho de tudo” à disposição, desde produtos alimentares não perecíveis a produtos de higiene. Carne e peixe não estão disponíveis por questões de segurança alimentar.

O supermercado social destina-se apenas aos residentes desta freguesia lisboeta, tendo em conta a condição social em que se encontram, e prevê-se que abranja “mais de 1.000 pessoas de 360 famílias”, informou Vasco Morgado.

“As técnicas de apoio social, depois de receberem o pedido de inscrição, fazem a avaliação do rendimento per capita, através do IRS [Imposto sobre o Rendimento Singular], do Subsídio de Desemprego, do Rendimento Social de Inserção”, esclareceu o autarca.

Dependendo do número de elementos do agregado familiar, são atribuídos os créditos, chamados ‘Santos Antónios’, que funcionam como moeda de troca para fazer compras no supermercado.

Imagem: reprodução.

 

A oferta de produtos disponível no supermercado vai desde uma variada gama de produtos alimentares (exceto frescos, carne e peixe, por questões de segurança alimentar), até produtos de higiene, vestuário e produtos didáticos.

Todos os produtos disponibilizados são frutos de doações de comerciantes da freguesia.

Apenas os moradores da JFSA podem usufruir deste mercado que se espera que abranja mais de mil pessoas de 360 agregados familiares.

Segundo o presidente da Junta, o supermercado é “um passo à frente” no apoio social, já que vai substituir a entrega de “saquinhos de comida” que “não traz dignidade a quem é apoiado”.

Nas prateleiras existe “um bocadinho de tudo”, desde produtos alimentares e higiénicos ao vestuário e materiais didáticos, exceto carne e peixe por questões de segurança alimentar.

Os produtos disponibilizados resultam de doações dos comerciantes da freguesia, frisou o autarca, acrescentando que o supermercado tem, neste momento, artigos no valor total de “cerca de 15 mil euros”.

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Com informações do Jornal de Negócios e Novos Rurais.

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