Movimento busca ideias para solucionar grandes desafios da sociedade

Enquanto grandes empresas sofrem para desenvolver ideias inovadoras dentro de casa, startups e empreendedores em potencial têm dificuldades para validar suas ideias e encontrar apoio de quem tem conhecimento e dinheiro para tirá-las do papel. Para tentar eliminar esse gap, alguns programas de inovação aberta começaram a pipocar no mercado nos últimos anos.

Um dos maiores da atualidade está com inscrições abertas até o dia 31 de julho para startups e pessoas físicas com uma boa ideia. Trata-se do movimento “100 Open Startups” da rede de inovação Wenovate, que tem o objetivo de unir startups com uma rede de conexão que envolve 40 grandes empresas, dez fundos de investimento olheiros e seis grandes programas de empreendedorismo.

“A inovação é um processo distribuído e por isso é difícil desenvolver dentro de uma só organização. Precisamos de redes e de um mundo mais conectado. Empresas como Apple e Google hoje estão na dianteira da inovação porque são abordadas e estão em contato com muitas startups”, diz Bruno Rondani, engenheiro e mentor do movimento. “O iPod, por exemplo, foi criado com base em centenas de patentes que a empresa trouxe de fora”, afirma.

O programa funciona na base de desafios. Os interessados devem se cadastrar até o dia 31 de julho no site do programa e enviar uma solução inovadora para um dos dez desafios determinados: cidades inovadoras, educação do futuro, saúde e bem estar, indústria do futuro, sociedade da informação, energia elétrica, agronegócio, vestíveis, petróleo e gás e micro e pequenas empresas. Caso a startup queira enviar uma solução para uma área que não esteja listada, há a opção desafio aberto.

Todos os projetos submetidos pelas startups que se inscreverem serão avaliados por um grupo formado por empresários, investidores e empreendedores. O primeiro desafio, porém, é conquistar o apoio de outros empreendedores que gostem da ideia e confirmem acreditar no potencial do desenvolvedor.

“São três validações. A primeira é dos próprios colegas, incubadoras e aceleradoras com as quais a startup está envolvida. Depois é a validação de grandes empresas que conhecem bem um mercado e, por fim, os selecionados passam pela validação de investidores”, diz Bruno Rondani, engenheiro e mentor do movimento.

Alguns encontros e avaliações serão presenciais, em 13 capitais distribuídas pelas 5 regiões do País. Por isso, os interessados também devem indicar em qual capital desejam participar.

As 100 melhores startups poderão se conectar pessoalmente com as grandes empresas participantes do movimento, tais como Grupo Fleury, 3M, Abbott, Natura, IBM, J&J, Estácio e outras durante a 8ª edição do Open Innovation Week, em fevereiro de 2016, em São Paulo.

A meta do movimento é identificar 100 startups inovadoras, boas para investimento, na opinião de quem atua no mercado.

“Startups não conseguem empreender algo inovador, fora da caixa, se não houver entendimento da sociedade sobre aquilo. O empreendedor precisa conseguir demonstrar sua capacidade de executar algo que todo mundo quer e hoje muitas competições focam em colocar a startup em contato com o investidor, mas sem ajudá-lo a desenvolver sua ideia”, diz Rondani. “Nós queremos ajudar os criadores em todas as etapas para que eles cheguem nos investidores com sua ideia validada por vários atores do mercado”, diz.

Na edição do ano passado, por exemplo, 4 startups sairam da Open Innovation Week premiadas com bootcamps (treinamentos) no exterior, 2 tiveram investimentos anunciados no evento em um total de R$ 3,8 milhões e 4 se qualificaram para receber recursos de subvenção do Edital Sesi-Senai de Inovação no valor de R$ 1,2 milhões.

Destaques

No “top 100” do ano passado estava a Bliive, rede social de colaboração e troca de serviços. Hoje com mais de 100 mil usuários, a Bliive recebeu investimento anjo e uma série de prêmios após participar do evento, incluindo uma premiação da Intel. Este ano, a Bliive volta ao programa, mas para propor um desafio aos participantes.

O video: https://vimeo.com/66603309

Outra startup que se destacou foi a Lean Survey, criada por alunos da Poli-USP para desenvolver soluções tecnológicas para pesquisas de opinião. A startup recebeu R$ 300 mil de investimento e atende a diversos clientes.

Lígia Aguilhar em seu blog Start no Link.

 

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