O veículo pode compactar aproximadamente 16 toneladas de lixo por turno de funcionamento, além de ter uma autonomia de 200 quilômetros ou oito horas de operação por recarga. Está previsto que no segundo semestre de 2017, o abastecimento dos veículos serão feito através de energia gerada em aterro, deixando assim o projeto totalmente sustentável.
O modelo escolhido pela Corpus foi o BYD eT8A, que ganhou um compactador hidráulico para armazenar os resíduos recolhidos. O caminhão coletor é alimentado por uma bateria de fosfato de ferro lítio, reciclável, com vida útil de até 40 anos e não emite gases ou fumaça de escapamento na atmosfera, possui manutenção simplificada e é bem mais silencioso do que os veículos tradicionais utilizados na limpeza urbana.
Segundo as empresas responsáveis pelo projeto, este é o primeiro veículo 100% elétrico produzido em massa utilizado para tal finalidade no mundo. De acordo com João Paschoalini, diretor operacional da Corpus: “Em longo prazo, nossa expectativa é contar somente com caminhões elétricos em nossa frota”.
O investimento no caminhão elétrico, mais alto que no convencional, é recompensado pela economia com a operação e a manutenção, além de ser ecologicamente muito melhor. João Paschoalini, diretor operacional da Corpus, diz que a empresa vem pesquisando alternativas mais sustentáveis para melhorar seus serviços de saneamento, e pretende ampliar a frota, fazendo dos caminhões elétricos a regra, não a exceção.
Carlos Roma, diretor da BYD no Brasil, conta que há planos para fechar um “ciclo sustentável” na operação do veículo: a empresa pretende utilizar energia gerada em aterros sanitários para abastecer os caminhões, dispensando assim o uso da energia hidrelétrica.