Para conhecer a menina Malala


O que mais dizer sobre Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa que desafiou o Talibã denunciando a destruição de escolas e a proibição, imposta por esse regime que controla o país, das mulheres estudarem?

Por esse ato de coragem ela foi baleada, e depois de um período de recuperação se transformou numa líder em prol do direito à educação plena para as meninas; percorre o mundo defendendo essa causa e apóia iniciativas que garantam a formação de crianças, adolescentes e jovens.

Vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014, a mais jovem a receber essa distinção, fazer um filme que fosse além do obvio foi, a meu ver, o desafio do diretor Davis Guggenheim. Nesse sentido, considero positivo o resultado, porque ele construiu uma narrativa que nos permite compreender a trajetória e as escolhas dessa menina, ainda adolescente, que apesar de sua projeção internacional tem uma vida de certa forma comum: freqüenta escola, e por ser a filha mais velha, às vezes é considerada um pouco dura pelos dois irmãos.

A menina Malala é sensível, forte, determinada e consciente de suas responsabilidades. Pelo que nos é apresentado, administra bem o seu cotidiano intenso dividido entre compromissos de uma liderança que foi aplaudida por todos após o seu discurso na sede da ONU e de uma garota em formação.

Ao utilizar recursos de animação, imagens de arquivo e cenas inéditas, o documentário agrada, emociona, e toca o coração de todos aqueles que ainda confiam no ser humano, e acreditam que as decisões de uma única pessoa podem transformar, inspirar e promover mudanças em toda a sociedade.

Procure não perder a chance de conhecer a história de Malala, antes que o filme saia de cartaz. Por aqui, fico. Até a próxima.

Serviço

Título: ‘Malala’.
Diretor: Davis Guggenheim.
Gênero: Documentário.
Produção: EUA.
Duração: 87 minutos.
Classificação: livre.
Trailer
He Named Me Malala (2015)”.

***
Leno F.Silva é diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.

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