Já abordamos em várias oportunidades o conceito de placemaking e sua importância no desenvolvimento de um sentido de comunidade. Seu emprego tem, geralmente, o objetivo de construir espaços públicos onde as pessoas se sintam à vontade para passar grande parte de seu tempo.
As medidas que aplicam esse conceito para gerar mudanças e avanços nesse sentido vão desde dedicar mais ruas ao fluxo exclusivo de pedestres e construir mais parques até reestruturar os departamentos municipais encarregados de administrar os espaços públicos, assegurando instâncias de participação urbana.
Contudo, uma variável do conceito de placemaking que está tomando cada vez mais força tem a ver com a relevância da arte na cidade e sua relação com a resiliência urbana – o que dá origem ao placemaking criativo.
O que é placemaking criativo?
Entre os casos de placemaking criativo desenvolvidos através do Fundo Nacional das Artes, vale destacar dois.
O primeiro foi realizado em Flint (EUA), uma cidade que estava criando seu primeiro projeto de planejamento em 50 anos. Para que os artistas se envolvessem nos esforços, o município dedicou espaços em alguns bairros para que os artistas pudessem desenvolver atividades ligadas ao teatro, à dança e à música, e lhes assegurou cotas nas reuniões de planejamento, garantindo que essas reuniões não fossem tão rotineiras e contassem com mais pessoas participando.
O segundo, chamado de FLOW: Can You See the River?, foi desenvolvido em Indianapolis e consistiu no financiamento de uma série de intervenções urbanas que buscavam demonstrar, através de mapas interativos, como certas atividades cotidianas afetam o White River.
Fonte: Plataforma Urbana.