O custo total da obra, em todas as suas etapas, é de R$ 3,8 milhões e já foram arrecadados R$ 2,3 milhões. “Iniciamos essa primeira etapa e, para a segunda, ficam faltando R$ 1,5 milhão que estamos buscando junto à iniciativa privada para poder formar o mercado de flores”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).
A ação conta com a parceria da Associação Viva o Centro, que recebeu as doações dos patrocinadores e irá administrar todas as etapas do projeto com a supervisão da Subprefeitura Sé e da SP Obras.
A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Comércio França-Brasil, que fez a captação de recursos junto a empresários. As obras da primeira etapa devem ser concluídas em quatro meses.
O projeto foi desenvolvido pela empresa Egis e prevê a pavimentação e nivelamento do passeio do largo e instalação de novo mobiliário urbano (bancos, papeleiras, paraciclos, bebedouros, balizadores e guarda-corpos).
A proposta é a criação de um grande boulevard de uso público, onde o espaço fica destinado preferencialmente para os pedestres, com uso restrito aos automóveis e veículos de serviço.
As intervenções visam a valorização do desenho histórico da região e o projeto busca dar uma nova opção aos frequentadores do Largo do Arouche, com um espaço requalificado, contemporâneo e que mantenha seu traçado original.
O espaço também contará com mais postes de iluminação e quiosques para sanitários, além de três bases fixas, uma para o policiamento, outra para a comunidade LGBT e uma terceira para os cuidadores da praça.
O secretário Municipal de Obras, Vitor Aly, destacou que uma das propostas é a criação de um grande boulevard de uso público. Segundo ele, a velocidade permitida na área será reduzida.
“A sacada é fazer um traffic calming (tranquilidade do tráfego) como tem nas ruas da Champs-Élysées em Paris, priorizando os pedestres, nivelando o piso do local e tendo um trânsito em única faixa com velocidade reduzida”, disse o secretário.
“Estamos respeitando quem usa a praça. Respeitando também as ações do tombamento na parte geométrica que reproduzirá espaços de Paris”, disse Covas. A segunda etapa, orçada em R$ 1,5 milhão, conta com revitalização do mercado das flores.
O empresário Marcos Alexandre, que mora no bairro, destacou que a obra vai revigorar o comércio e atrairá mais público. “O largo do Arouche sempre foi um oásis do centro de São Paulo e estamos recebendo um presente da comunidade francesa.”
Wemerson Alves Lima, do Conselho Estadual de Políticas LGBT, disse que é preciso preservar o espaço para a diversidade. “A nossa maior preocupação é que, além de ser uma praça, é um núcleo de resistência LGBT que ocupa o espaço para garantir seus direitos.”
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Da Redação com informações da Associação Viva o Centro.